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Fernando Pesciotta
O Brasil amanhece nessa sexta-feira, 3 de julho, sabendo que vai ter de se adaptar a uma eleição municipal que exigirá mudanças em tempos de pandemia, vendo que o presidente da República continua ignorando as mortes e acompanhando mais uma operação da Polícia Federal, desta vez contra o ex-governador José Serra.
O senador tucano é acusado de lavagem de dinheiro transnacional. Sua filha, Mônica Serra, também é acusada. Segundo o Ministério Público, Serra teria recebido dinheiro indevido da Odebrecht para a construção do Rodoanel entre 2006 e 2007. A denúncia fala em “milhões de reais”, mas sem precisar quanto exatamente teria sido o total da propina.
Por isso e por todo o contexto é que se pode dizer que a operação é meio estranha, digamos assim. Tudo bem que as denúncias de corrupção contra tucanos nunca foram a fundo, mas algo soa mal. Primeiro por insistirem em chamar a operação de Lava Jato, o que é errado. Lava Jato é exclusivamente a investigação do caso Petrobras. O uso desse nome tem o único objetivo de dar publicidade à operação.
Há dois dias a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, foi alvo de revelação de que sempre esteve envolvida ilegalmente com agentes do FBI. Deltan Dalagnol, como sempre, alega que as gravações que vieram a público estão fora de contexto etc e tal.
Jair Bolsonaro, que tanto tem exigido ser o efetivo chefe da Polícia Federal, vive seu pior momento desde que tomou posse. A polícia está com Fabrício Queiroz, que ameaça falar, a pandemia não dá trégua e o desemprego é uma praga ainda sem remédio. Bolsonaro tem tentado, sem sucesso, criar cortinas de fumaça.
Juntando tudo no contexto atual, é, portanto, estranho uma ação espetaculosa relacionada a um caso de 14 anos atrás. No mínimo, revela incompetência dos investigadores que tiveram tanta pressa para evitar que Lula fosse candidato em 2018.
Prefeitos
Após a aprovação do adiamento da eleição municipal para novembro, a mídia começa a mergulhar nos detalhes para a realização do pleito. Muita coisa vai mudar em relação a eleições anteriores. A começar pelo horário, que será estendido. Há temores de que faltarão mesários. A identificação digital fica colocada em dúvida, por causa do risco de contágio do coronavírus.
Assunto, portanto, que deverá estar mais presente no noticiário e nas redes sociais daqui para a frente.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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