//PANDEMIA// Governo amplia restrições em cinco regiões do Estado


O governador João Doria (PSDB) apresentou nesta quarta-feira (10 de junho) a segunda atualização do Plano São Paulo para acompanhamento da evolução da pandemia em todo o Estado. Apesar do aumento da capacidade de atendimento hospitalar, os novos índices semanais de avanço do coronavírus levaram o Estado a elevar o alerta em praticamente todo o interior paulista.

Na média estadual dos últimos sete dias, houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para covid-19 de 72,6% para 69,1%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 15,4 para 18,1. No mesmo período, o total de casos e mortes teve quedas reduzidas, de 1% e 3% respectivamente, mas as internações pela doença subiram 7%.

O reforço na rede hospitalar foi substancial nos últimos 15 dias, quando o governo de São Paulo intensificou a distribuição de respiradores e ampliou o número de vagas em UTIs para pacientes graves com coronavírus. No dia 25 de maio, o total de leitos de terapia intensiva no Estado era de 6.542, foi a 7.134 no dia 1º de junho e, atualmente, é de 7.610 e deve crescer ainda mais até o fim do mês.

Serão enviados 122 respiradores para 20 municípios de sete regiões do Estado para abrir mais leitos de UTI no SUS, com foco na assistência aos pacientes com covid-19. 

Do total, 47 ventiladores irão para hospitais estaduais e municipais localizados na região de Campinas: Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (10); Hospital Augusto de Oliveira Camargo, de Indaiatuba (5); Santa Casa Anna Cintra, de Amparo (5); Hospital Santa Bárbara, em Santa Bárbara D’Oeste (5); Hospital Municipal Walter Ferrari, em Jaguariúna (5); prefeituras de Sumaré, Americana e Hortolândia (5 cada); e  Nova Odessa (2).

Desde abril, as projeções do Estado já apontavam que a contaminação estava mais acelerada no interior do que na capital. Com os últimos dados do Plano SP, o governo decidiu ampliar restrições a atividades econômicas não essenciais em cinco regiões. Araraquara e Bauru voltaram da fase 3 (amarela) para a 2 (laranja), enquanto que as áreas de Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente voltaram à etapa 1 (vermelha) de máxima restrição.

Já nas regiões da Baixada Santista e de Registro, a melhora nos índices semanais de variação de casos confirmados, internações e mortes por covid-19 levou à reclassificação da fase vermelha para a laranja, que permite reabertura restrita de imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércio de rua e shoppings centers. O mesmo ocorreu em todas as cinco sub-regiões da Grande São Paulo.

Na capital e demais regiões – Araçatuba, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté – que estavam na fase 2 de retomada restrita desde o início do mês, houve estabilidade na maioria dos índices. Todas permanecem na mesma classificação até a próxima atualização de painel do Plano SP, prevista para o próximo dia 17.

“O isolamento social é chave nesse processo. Esse cenário só se garante com a cooperação da população e também com a liderança dos prefeitos nessa parceria com o governo do Estado”, destacou a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

“Há uma tendência em todo o interior de evolução da pandemia e o momento de controle, ao mesmo tempo que na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Vale do Ribeira a gente registra essa desaceleração”, acrescentou o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

Com os resultados desta quarta, a maior parte do Estado está na fase laranja, que não permite a reabertura de bares, restaurantes, salões de beleza ou academias. Nas três regiões classificadas na etapa vermelha, só estão autorizadas atividades comerciais e serviços essenciais.

Indústria e construção civil continuam com funcionamento normal em todo o Estado. A nova classificação anunciada nesta quarta entra em vigor a partir da próxima segunda-feira, 15. Até lá, as prefeituras de municípios que tiveram restrição ou flexibilização de serviços deverão publicar decretos municipais adequando as normas locais de quarentena ao novo painel do Plano São Paulo. 

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