//PANDEMIA// Estado de São Paulo registra recorde de mortes


São Paulo apresentou nesta quarta-feira, 10 de junho, mais um recorde em mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, o Estado registrou 340 novos óbitos por coronavírus, chegando agora ao total de 9.862 mortes por coronavírus desde o início da pandemia.

Em Amparo, a Secretaria de Saúde informou a ocorrência de mais 3 casos, elevando o total a 99 casos de covid-19, com 13 pessoas aguardando o resultado de testes. 

Ontem, o Estado havia registrado 334 novos óbitos, mas a Secretaria Estadual da Saúde havia creditado o alto número de ontem ao fato de que, geralmente, os exames ficam represados nos fins de semana, quando laboratórios e órgãos públicos podem estar fechados, sendo só contabilizados nos dados de terça-feira. Mas de ontem para hoje, o número de novos óbitos voltou a crescer em cerca de 3,7%.

Apesar do recorde, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo diz que o número está dentro do esperado. “Esses números que estamos observando estão dentro do que foi previsto por modelos matemáticos de semanas atrás”, disse Carlos Carvalho, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo. “ Essa elevação, que observamos todos os dias, é uma elevação pequena”, acrescentou.

Em todo o Estado, já foram contabilizados 156.316 casos confirmados de coronavírus, com 29.616 curados.


Depois da piora em indicadores relacionados ao número de casos confirmados, óbitos e internações por coronavírus, as regiões de Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto, no interior paulista, vão precisar fechar seus comércios novamente a partir de segunda-feira (15).

Essas regiões foram reclassificadas pelo governo paulista e agora entrarão na fase vermelha, a fase 1, de maior restrição de atividades. Ou seja, terão que manter a quarentena, na qual somente serviços considerados essenciais, como de logística, saúde, segurança e abastecimento, poderão funcionar. O governo de São Paulo prolongou o período de quarentena no Estado até o dia 28 de junho.

As regiões de Barretos e de Presidente Prudente estavam na fase 3, amarela, chamada de flexibilização, e podiam autorizar até mesmo o funcionamento de salões de beleza e de bares e restaurantes. Já a região de Ribeirão Preto estava na fase 2, laranja, chamada de fase de controle, onde pode reabrir shoppings, comércio de rua, imobiliárias e concessionárias, desde que com limite de quatro horas de funcionamento e limite de 20% do total do público.

Já as cidades compreendidas na região metropolitana da capital, na Baixada Santista e na região de Registro vão passar da fase vermelha (mais crítica) para a laranja (fase de contenção, com menos restrições).

As regiões de Bauru e Araraquara/São Carlos, que estavam na fase amarela ou fase 3, também tiveram que recuar um nível e se encontram agora na fase 2, laranja.

Etapas

O governo paulista definiu cinco fases no Plano São Paulo, que prevê a retomada gradual e regionalizada da atividade econômica do estado. As fases do programa vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul).

A capital paulista e as regiões de Araçatuba, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté, que estavam na fase 2 de retomada restrita desde o início do mês, mantiveram estabilidade na maioria dos índices. Todas elas vão permanecer na mesma classificação até a próxima atualização de painel do Plano São Paulo, prevista para o dia 17 de junho.

A cada 14 dias, o Plano São Paulo reestuda cada uma das regiões para analisar em que fase elas se encontram, levando em consideração os dados obtidos na última semana, na comparação com a semana anterior. Para determinar em que fase está cada região do estado  paulista, o Plano analisa cinco indicadores: a taxa de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) e quantidade de leitos de UTI a cada 100 mil habitantes, além do número de casos, do número de óbitos e do número de internações registrados nos últimos sete dias. Os anúncios são dados sempre às quartas-feiras, a cada 15 dias. E começam a valer na segunda-feira seguinte.

Se houver melhora nos indicadores, a região sobe de nível, por exemplo. Mas se ocorrer piora, ela pode regredir de fase. Com as mudanças anunciadas hoje (10) pelo governo paulista, nenhuma região do Estado conseguiu chegar à fase 3. (Com Agência Brasil)

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