//PANDEMIA// Quarentena em São Paulo é estendida até 31 de maio


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira, 8 de maio, que a quarentena no Estado será estendida até o fim de maio.

“Como governador, queria dar uma notícia diferente da que vou dar agora. Mas o cenário é desolador. Teremos que prorrogar a quarentena até o dia 31 de maio. A quarentena evita a propagação da doença", disse.

Segundo o governador, com a quarentena 51 vidas são salvas a cada dia no Estado e, até o dia 21 de maio, mais de 3,2 mil vidas serão salvas com a manutenção do isolamento.

No dia 22 de abril, Doria anunciou que o governo preparava um plano para reabertura da economia paulista - que dependeria do andamento da pandemia no Estado, da adesão ao isolamento social e da ocupação de leitos - a partir do fim do decreto atual, no dia 10 de maio, e que seria detalhado nesta sexta-feira.

Segundo o governador, o avanço da pandemia em São Paulo, com a aceleração do número de casos, e a baixa adesão ao isolamento social, que tem estado abaixo de 50% em dias de semana, inviabilizaram a reabertura.


“Nenhum país do mundo conseguiu relaxar o isolamento social com a curva de contaminação em alta. Repito: nenhum”, disse Doria.

É a terceira vez que o governador estende a quarentena, que teve início no dia 24 de março e estava prevista para ser encerrada no domingo, dia 10. Durante a quarentena, somente serviços considerados essenciais como logística, segurança, abastecimento e saúde podem funcionar.

Ceará no limite

Entraram em vigor nesta sexta-feira (8), em Fortaleza e região metropolitana, as medidas que o governo do Ceará impôs para tentar restringir a circulação de pessoas e, assim, retardar a disseminação do novo coronavírus, causador do Covid-19.

Na capital e região metropolitana, o sistema conhecido como isolamento social rígido, ou lockdown, fica em vigor pelo menos até o dia 20. Nesse período, as pessoas são proibidas de circular em  espaços públicos como ruas, praias, praças e calçadões, salvo no caso de atividades essenciais, como compra de alimentos ou itens de primeira necessidade.

Pacientes comprovadamente infectados ou com suspeita de contágio pelo novo coronavírus têm de permanecer obrigatoriamente em casa, nas unidades hospitalares ou em outros locais determinados pelas autoridades da área de saúde.



O bloqueio total das atividades comerciais não essenciais e as ações para desestimular a ida às ruas de pessoas que não precisam sair foram decretados terça-feira (5), no mesmo dia em que o governador Camilo Santana (PT) prorrogou por 15 dias o decreto que impunha regras de isolamento social em todo o Estado.

Na segunda-feira (4), ou seja, um dia antes do anúncio da decisão de endurecer as restrições na região metropolitana de Fortaleza, o Ceará registrava 11.040 casos confirmados e 712 mortes pelo Covid-19. Ontem (7), os números haviam saltado para 13.888 casos confirmados e 903 óbitos. Isso significa que só as mortes aumentaram 27% em três dias. A maior parte dos registros está concentrada na capital.

Os dados do Ministério da Saúde são, no entanto, inferiores aos da Secretaria estadual de Saúde, que, até esta manhã, informava sobre 940 mortes e 11.467 pacientes contaminados pelo novo coronavírus.

Na terça-feira, o governador justificou a medida afirmando que o sistema de saúde estadual estava “chegando ao limite”. De acordo com Camilo Santana, manter o isolamento social, com medidas mais rigorosas para Fortaleza, é uma forma de “salvar vidas”. (Agência Brasil)
 

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