//EDUCAÇÃO// Mães vão cobrar da prefeitura entrega de kits de alimento


Um grupo de mães de alunos da rede municipal de Serra Negra deverá se reunir nesta terça-feira, 19 de maio, às 15h30, no saguão do Centro de Convenções, para discutir uma estratégia para exigir da Prefeitura de Serra Negra o cumprimento da lei federal nº 11.947/2009, que autoriza pais e responsáveis dos alunos matriculados nas escolas públicas a receber os gêneros alimentícios adquiridos com os recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

 A reunião deverá contar com a presença de vereadores da situação e da oposição que decidiram na sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira, 18 de maio, convidar também para o encontro com as mães o prefeito Sidney Ferraresso (DEM), o vice-prefeito Rodrigo Magaldi (DEM) e a secretária da Educação,  Maria Rita Menegatti Pinton Tomaleri.

 A reunião ganhou força depois que a  Promotoria de Justiça de Serra Negra informou que vai  investigar se houve quebra do princípio de impessoalidade no processo de distribuição de kits de merenda escolar aos alunos da rede oficial de ensino da cidade por parte da prefeitura.

O Ministério Público acatou representação do PSOL local segundo a qual a lei que garante a distribuição dos alimentos da merenda escolar às famílias dos estudantes que tiveram suspensas as aulas devido à pandemia de covid-19 não estava sendo cumprida.

A prefeitura, segundo informações prestadas pela assessoria de imprensa, distribuiu um kit por aluno carente, referente ao mês de abril. Foram distribuídos 300 kits, metade de alimentos perecíveis e outra metade de verduras, legumes e frutas. 

As mães exigem o recebimento dos alimentos por todas as 1.700  crianças da rede municipal, independentemente das condições financeiras e dos critérios adotados pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de Serra Negra.

O argumento das mães, apoiado pelos vereadores, é o de que a atual situação financeira das famílias serranas se deteriorou em relação aos meses de janeiro e fevereiro, anteriores à pandemia de coronavírus. O vereador Leandro Gianotti Pinheiro relatou o caso de uma mãe cuja renda familiar anteriormente à pandemia era de R$ 3.400.

Com o fechamento do comércio, ela perdeu o emprego, o marido teve o contrato de trabalho suspenso e a renda da família caiu para R$ 1.045.  A família conta agora com uma renda de R$ 1.045 para sustentar quatro pessoas, das quais duas crianças de dez e três anos.

A família já foi beneficiária do Bolsa Família, mas deixou o programa depois que sua situação financeira melhorou. Hoje não consegue ser incluída no Cadastro Único para Programas Sociais porque dispõe de carro e vários aparelhos de televisão, entre outros bens.

“Pessoas que nunca precisaram de ajuda agora precisam”, afirmou o vereador. A expectativa dos vereadores é a de que com a prorrogação do isolamento social e do fechamento do comércio mais famílias com esse tipo de perfil comecem a necessitar dos programas sociais. 

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