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As vendas por delivery ganharam força depois que entraram em vigor os decretos municipal e estadual que estabelecem sistema de quarentena no município e que permitem o funcionamento do comércio apenas em regime de entrega a domicílio.
Quem nunca tinha trabalhado nesse sistema teve de se adaptar para sobreviver e manter os negócios.
Produtores de gêneros in natura que nunca tinham trabalhado com delivery contaram com a ajuda de voluntários que se organizaram para auxiliar comerciantes e agricultores inexperientes no ramo.
O apoio inicial veio da cuidadora de idosos Fani Dei Santi, que divulgou, por meio do WhatsApp, os produtos de um sitiante conhecido.
A ideia deu certo e ela incluiu na lista outros produtores, alguns dos quais participantes da Feira Cultural Noturna da Praça Sesquicentenário, realizada às quintas-feiras, que foi suspensa em virtude da quarentena.
Os pedidos foram impulsionados com a ajuda do Coletivo da Montanha, grupo de ações sociais integrado por cidadãos serranos, que passou a compartilhar na sua página do Facebook os contatos de produtores e comerciantes da cidade.
“As vendas por delivery estão muito boas. Comecei na quinta-feira e sábado da semana passada e tem ido muito bem”, diz Fani. O anúncio do Coletivo da Montanha, ela avalia, ajudou a divulgar.
“Divulgo pelo WhatsApp e eu mesma entrego”, afirma. São quase 20 itens oferecidos pelos produtores representados por Fani, que vão desde alface, chuchu, quiabo, mandioca, frutas e até doces de abóbora, mamão e pão de batata.
Fani relata que a ideia surgiu quando percebeu que amigos sitiantes estavam muito preocupados com a sobrevivência econômica.
“O objetivo era ajudar um conhecido, mas já estou ajudando outros produtores que não têm influência na mídia e nas redes sociais e alguns dos quais são até analfabetos”, relata.
Seu trabalho é totalmente voluntário. “Ajudar é gratificante e espero beneficiar um número ainda maior de produtores”, afirma.
Sua maior dificuldade é a entrega, porque faz sozinha esse serviço. Outro problema, ela aponta, é a falta de paciência de alguns clientes, que têm baixa tolerância para atrasos nas entregas.
“Combino a partir de um determinado horário, mas nem sempre consigo cumprir e me atraso um pouco”, explica.
Mas nem todos os clientes, segundo ela, compreendem essa situação. “Querem o produto exatamente no horário combinado e fica um pouco difícil”, lamenta.
Ela explica que precisa ser eficiente na logística da entrega para economizar combustível. “Se não fizer isso, o custo fica muito alto”, justifica.
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Wesley: ovos em casa |
Seu negócio também foi anunciado na página do Coletivo da Montanha. “Minha mulher fica no WhatsApp e eu saio para entregar de moto”, relata.
Desenvolver uma eficiente logística também tem sido o maior desafio para Wesley. “Sem uma boa logística perco muito tempo entre um bairro e outro”, explica.
Ele diz que notou também que a população serrana está bem apreensiva não só com os riscos de contaminação pelo coronavírus como em relação à sobrevivência econômica.
“O momento é de nos unir, não cobrar preços abusivos, proporcionar o mínimo de conforto levando os produtos aos clientes, sempre com segurança e qualidade”, afirma o revendedor de ovos.
As vendas de pão de queijo por delivery também deram muito certo. Gisella Simões Horta e o marido Marcelo de Barros, da marca Maria da Serra, que têm a cozinha no bairro da Nova Serra Negra, viram as vendas despencar a partir do início da quarentena.
O delivery salvou os negócios. “Estou vendendo cerca de 30% da minha produção por esse sistema”, diz Gisella. O anúncio no Coletivo da Montanha também ajudou a impulsionar suas vendas.
Ela e o marido, Marcelo, trabalham em dupla. “Pegamos os pedidos e saímos juntos para cumprir a rota duas vezes por semana”, afirma.
A maior dificuldade do casal é informar aos clientes antigos que estão atendendo por meio de delivery e também conquistar novos consumidores.
O trabalho presencial era uma estratégia de seus negócios. “Apresentávamos aos clientes amostras prontas, por meio de degustação, o que facilitava a conquista de novos consumidores”, explica.
Sua clientela, ela observa, está dividida entre os que estão receosos em relação à disseminação do vírus, ao aumento de mortes pelo covid-19 e as dificuldades financeiras e os que acham que as medidas de quarentena e restrição de circulação são exageradas.
Os mais preocupados com a situação financeira, ela observa, são trabalhadores autônomos e os empregados domésticos.
A esperança é o que tem movido todos os envolvidos nessa cadeia de vendas por meio de delivery. “Se Deus quiser isso vai passar, mas enquanto não passa, vamos trabalhar juntos com o nosso apoio”, afirma Fani.
Produtos em geral e serviços:
Bolos - 99796-9759
Pão de queijo Maria da Serra - 99663-6509
Ovos Jhenifer - 99988-9447
Feirantes - 99984-5136
Restauração, cartonagem e encadernação - 997902625
Sandálias - 971102280
Lu Lopes cozinha criativa - 99819 0727
Ateliê Arte e Livro - 920024413
Geladinhos gourmets artesanais frescor e sabor - 997504501
www.facebook.com/ColetivoDaMontanha/
Empresas que fazem entregas em domicílio:
www.serranegra.net/coronavirus
Alimentação:
www.pedirja.com.br/cidade/sp/serra-negra/
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