//OPINIÃO// Está na hora de o empresário serrano conhecer o comércio eletrônico


Carlos Motta

A Rua Coronel Pedro Penteado, em Serra Negra, é um shopping center a céu aberto. Centenas de lojas vendem roupas, calçados, alimentos, bijuterias, lembrancinhas... É uma das principais razões para o turista visitar a cidade.

Anos atrás, a maioria das lojas era feia. Sem vitrines, interior mal iluminado, fachadas sem graça. O turista só entrava nelas porque realmente tinha a intenção de comprar algo. 

Com o tempo, elas foram se modernizando. Ganharam vitrines, criaram logomarcas, entraram na contemporaneidade. 

Nem todas, é verdade. 

Até hoje restam algumas que parecem viver os anos 60 do século passado.

Se, porém, mudaram a aparência, ainda permanecem presas a um sistema de negócios antiquado, superado. 

Não se vê investimentos em publicidade e marketing. 

Dão a impressão que seus donos se limitam a abrir as portas, todos os dias, e ficar sentados esperando que o freguês apareça.

Nesta crise terrível provocada pela pandemia do covid-19, por exemplo, a única atitude dos comerciantes locais foi pressionar o prefeito a rever o decreto que proibia a abertura das lojas de produtos não essenciais - como se, atendidos em sua reivindicação, milagrosamente multidões lotassem os seus negócios...



Não se tem notícia de que, unidos, pensassem em alternativas para diminuir os prejuízos inevitáveis que terão nos próximos meses.

Como, coletivamente, criar um grande portal na internet, um shopping center eletrônico, com os produtos vendidos em Serra Negra.

Ou mesmo, individualmente, montar as suas lojas virtuais.

Basta um clique no Google para que apareçam na tela do computador centenas de opções de empresas especializadas em criar e administrar essas lojas.

Muitas nem cobram pelo serviço. E quando cobram é uma ninharia.

Há ainda os marketplaces, que reúnem pequenas lojas no espaço de grandes empresas de comércio eletrônico, como Amazon, Americanas, Magazine Luiza, Shoptime, Submarino etc. Ou seja, o micro tem a oportunidade de aparecer em vitrines do tamanho do Brasil. Os produtos que vende se misturam aos da loja-mãe.

O comércio eletrônico tem crescido, no Brasil, a porcentuais acima de dois dígitos nos últimos anos.

Esse crescimento é uma tendência mundial, irreversível, que agora, com a pandemia, vai se acelerar rapidamente.

A cada dia mais pessoas se convencem da comodidade de não precisar sair de casa e gastar tempo e dinheiro para ir às compras.

A logística de entrega vai se aperfeiçoando, os prazos de envio dos produtos diminuem, as empresas se profissionalizam. 

Os mecanismos de segurança de pagamentos pela internet estão cada vez mais sofisticados para evitar fraudes ou roubos.

As vendas pela internet talvez nunca superem as vendas físicas. 

Mas desprezar o seu potencial não é só ignorância - neste momento é suicídio.





Comentários

  1. Com certeza está na hora!
    E fica aqui meu contato!
    Posso ajudar nesse processo.
    Quem se interessar e quiser desenvolver uma Loja Virtual, estou à disposição.
    Marcel - 19 991822991

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