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Carlos Motta
A primeira preocupação de todos neste momento terrível deve mesmo ser cuidar da vida das pessoas, a qualquer custo.
Mas esta crise monumental provocada pela pandemia do coronavírus tem implicações mais profundas.
O país está parando.
Não se sabe por quanto tempo.
E todo este imenso conglomerado humano que se chama civilização depende, para funcionar, bem ou mal, do trabalho.
O mundo, como o conhecemos, existe por causa do trabalho. Sem ele não há capital. Sem capital não há como os Estados existirem.
O Estado é uma criação do homem e existe para servi-lo. Quem vive numa nação segue tacitamente o seu ordenamento - suas leis e suas instituições.
O mundo está parando.
O trabalho, a produção, o capital, todas as formas de acumulação de riqueza, vão ser tremendamente afetados neste período de crise, que deve durar meses, longos meses.
É mais que necessário que as lideranças globais pensem numa estratégia que permita a sobrevivência dos Estados em níveis ao menos suportáveis para os cidadãos.
O Brasil, por tudo que se viu até agora, é um transatlântico à deriva em meio à tormenta.
Não há governo central, não há presidente da República, nem ministros de Estado, nem diretrizes ou planos - e, parece, nem vontade de fazê-los.
O desastre, nessas condições, é inevitável.
O Brasil certamente não vai acabar.
Mas vai ficar muito menor, muito mais fraco, ainda mais miserável, daqui a um tempo.
Nesta hora de pré-calamidade, não adiantam orações ou apelos à razão.
É preciso, é essencial, que as ervas daninhas que tomaram conta do Planalto Central sejam extirpadas, com a máxima urgência.
De qualquer maneira - com as mãos ou com o fogo.
Se não der para para plantar flores de início, ao menos que se cultive a terra para que nela cresçam as raízes das árvores que poderão oxigenar o ar impuro deste triste Brasil.
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