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Carlos Motta
A promessa do maestro Agenor Ribeiro Netto de trazer a Serra Negra um espetáculo inesquecível com a sua Sinfonia das Águas foi cumprida com brilhantismo na noite de domingo, 22 de dezembro.
O Centro de Convenções estava lotado às 20h20, quando o espetáculo começou - momentos antes alguns espectadores puxaram palmas de protesto pelo atraso, mas quase ninguém aderiu a essa inconveniência.
A entrada do maestro no palco foi precedida por um discurso de alguns minutos do secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da cidade, César Borboni, o Ney, que batalhou meses pela vinda da trupe musical. Fez agradecimentos necessários aos patrocinadores, mas poderia ter dispensado os elogios a políticos locais, algo que se tornou corriqueiro em praticamente todos os eventos culturais da cidade.
O que se seguiu, porém, fez o público esquecer qualquer desconforto que passava até então: ar abafado, calor, água mineral a R$ 5,00 a garrafa de 500 ml...
Como o próprio maestro Agenor declarou em inúmeras entrevistas, a Sinfonia das Águas é uma salada musical. Uma salada, diga-se, temperada com altas doses de cores, luzes, danças e principalmente, emoção.
Nesse ponto, o maestro é um craque.
Vamos deixar de lado o fato de a Orquestra Jazz Sinfônica de São João da Boa Vista ser um bom conjunto, bem entrosado, que raras vezes escorrega, e também as ótimas intervenções dos bailarinos - vale destacar a presença da serrana Cia. de Dança Allegro -, das surpresas proporcionadas por motos, carros e até um caminhão que cruzaram o palco, dos elementos carnavalescos - carros alegóricos, bonecões - e dos exuberantes cantores, para enfatizar um ponto: a alma do espetáculo, a grande estrela, é o seu maestro.
Sem ele, sem o jeito prosaico como conduz o espetáculo, como se estivesse na sala de visitas da nossa casa, contando "causos" e entretendo o pessoal com músicas fáceis, que todos gostam de ouvir, a Sinfonia das Águas seria apenas mais um bom show, daqueles que a gente esquece dias depois.
Com ele, a Sinfonia ganha uma outra dimensão: passa a ser um daqueles acontecimentos que ficam por muito tempo em nossa memória.
"Para ele ser o André Rieu brasileiro falta apenas os músicos da orquestra usarem trajes de gala, fraques e aqueles vestidos longos", disse a pianista Rose Marie Moutran, comparando o espetáculo às apresentações do mundialmente famoso maestro holandês.
No fim da Sinfonia o maestro, que já havia informado ter dirigido o show musical 55 vezes por 14 anos, principalmente na mineira Poços de Caldas, prometeu que Serra Negra será agora o seu palco.
Se a promessa se concretizar, será motivo de celebração com fogos de artifício, bem ao estilo daqueles que espoucaram em meio ao espetáculo de domingo e provocaram olhares surpresos e admirados do público.
Carlos Motta
CULTURA
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Sinfonia das Águas Serra Negra
Viva! Serra Negra
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