//POLÍTICA// As vozes discordantes da Câmara (final)



Salete Silva e Carlos Motta

Nesta terceira e última parte da mesa-redonda promovida pelo Viva! Serra Negra com os vereadores oposicionistas Roberto Almeida (PTB), Ricardo Fioravanti (PDT) e Leandro Pinheiro, eles esclareceram que o subsídio que recebem é de R$ 4,7 mil mensais: "Há uma distorção, alguns dizem que é R$ 11 mil, outros que é R$ 18 mil, mas a verdade é que é R$ 4,7 mil bruto", disse Ricardo.

Também comentaram o caso do vice-prefeito Rodrigo Magaldi (DEM), que recebeu do Ministério Público a recomendação para se afastar de suas funções de médico do sistema público municipal de saúde. "O que foi denunciado no Ministério Público não é por ele ser médico e vice-prefeito, que é cargo de expectativa", afirmou Ricardo, que lançou uma pergunta: "Estamos fiscalizando o dinheiro público. Não é político. É normal um médico atender 204 pacientes em duas horas?"

Os oposicionistas acham que recebem muitas críticas injustas. Leandro e Roberto disseram que estão desanimados.

"Nós temos a perspectiva de melhorar a cidade, mas na atual conjuntura... Mas por não sermos atendidos, a cidade, assim, há dois anos perdida, depois vem essa coisa de asfaltar e embelezar tudo em um ano e meio... Eu estou desanimado. Tenho vontade de tentar fazer alguma coisa pela cidade, mas o desânimo vem", desabafou Leandro. 

Já Roberto abordou outro lado dessa questão: "Além disso, todo o dia a gente tem de provar que não é bandido. O maior desânimo é esse."

A seguir, a íntegra da última parte da mesa-redonda:

Viva! Serra Negra –  Vocês acham que os salários dos vereadores, outro alvo de críticas de serranos, é alto? 

Ricardo Fioravanti – O salário de vereador é R$ 4,7 mil bruto por mês. Isso é verdade. Se é muito ou pouco, não sei, mas é legal. Há uma distorção, alguns dizem que é R$ 11 mil, outros que é R$ 18 mil. Mas a verdade é que é R$ 4,7 mil bruto. Tem desconto do INSS, Imposto de Renda, não tem décimo terceiro, não tem férias, não tem nada. O abaixo- assinado encaminhado à Câmara para redução dos salários foi motivado por razões pessoais entre o seu autor e o Demétrius [Ítalo Franchi, secretário-geral da Câmara, ex-vereador]. Todo vídeo que o autor grava ele cita a mãe [falecida]. Mas a pessoa que não respeita a memória da mãe falecida... Todos nós perdemos alguém que amamos. Vamos respeitar a memória da mãe. Melhor respeitar a memória do que fazer política em cima disso. Fomos ver o que tinha realmente ocorrido no hospital na ocasião do falecimento da mãe dele e não é nada do que ele fala. O abaixo-assinado foi feito, se vai ser votado ou não, é outra coisa. Mas o salário é R$ 4,7 mil bruto. O estagiário é salário mínimo.

Viva! Serra Negra – E o projeto de redução de salário vai ser votado?

Leandro Pinheiro – Não é um projeto. É um abaixo-assinado. Parte do presidente da Câmara se vai colocá-lo em votação ou não.

Ricardo Fioravanti – Na verdade, tem de ser feito um projeto, passar nas comissões, para depois ser colocado em votação. Senão, se cada vereador pegar seus cabos eleitorais, ele faz um abaixo-assinado para elevar os salários e vai ser votado do mesmo jeito? Uma Câmara não pode ser regida por blog, por abaixo-assinado.

Roberto Almeida – Você imagina que hoje, dizem que somos um puxadinho da prefeitura recebendo R$ 4,7 mil de salário. Se não houver remuneração nenhuma, vão dizer o quê? Que o pessoal vem aqui e recebe por fora. Quando os vereadores recebiam R$ 300, lá atrás, diziam que eles recebiam por fora. 

Ricardo Fioravanti – Aliás, foi um projeto do meu pai. Fizeram um projeto baixando o salário para um salário mínimo. Meu pai fez uma emenda, um novo projeto e voltou para R$ 300, passou o projeto e ficou a legislatura inteira nesse valor. 

Roberto Almeida – Por outro lado, vão dizer que eu, por exemplo, que sou advogado, vão dizer que fico a semana inteira trabalhando, não ganho nada, então ganho por fora. Quando saio para fazer algo pela Câmara não tenho ninguém que trabalhe para mim. Não tenho funcionário. Quem é empresário ainda tem funcionário que trabalha para ele. Não tenho quem pague minhas despesas. Se é muito ou pouco é questão de postura de cada um. Se você acha que R$ 1 que você paga para seu funcionário é muito ou pouco por aquilo que ele rende... É questão de custo/benefício.

Leandro Pinheiro – Quando disputamos a eleição, já era determinado quanto ganharia o vereador. Tem pessoas que foram candidatas a vereador e depois reclamaram do salário. Se em 2021 decidirem mudar, é outra coisa. Mas já sabe que seria R$ 4,7 mil.

Ricardo Fioravanti – Já perguntei a candidato a vereador que não se elegeu e que fica defendendo a redução de salários do Legislativo se ele faria a mesma defesa se tivesse sido eleito. 

Leandro Pinheiro – Um vereador que quer trabalhar pela cidade, não acho que o salário é exorbitante. É fora dos padrões da cidade, mas não é exorbitante para quem quer trabalhar de fato, correr atrás, atender ligações, reuniões. Não se limita às sessões da Câmara.

Roberto Almeida – Tem a ver com a responsabilidade. O meu voto... represento 28 mil habitantes, e o meu "sim" e o meu "não" pode implicar no futuro da cidade. O Ricardo falou sobre financiamento dos veículos que foi aprovado, eu votei contra. Votamos contra o financiamento da Nova Serra Negra. Nós sabemos que daqui para frente começa a faltar dinheiro. Aí vai tirar R$ 50 mil de um financiamento, que já vem descontado, e vai faltar dinheiro para comprar remédio. Não tem dinheiro para comprar combustível. Não é o morador da Nova Serra Negra só que será prejudicado. É morador dos Leais, do centro da cidade, do Refúgio, do Bairro da Serra, todos são prejudicados, incluindo esse morador da Nova Serra Negra. A gente corre atrás de verbas para asfaltar as ruas. Não se pode trazer a verba e se perder a verba.

Ricardo Fioravanti – Este ano já se perdeu verba por falta de certidão.

Roberto Almeida – O meu voto, acabou a eleição, já sabiam que eu tinha votado contra. Só que amanhã quando faltar combustível, médico, a culpa é de quem. Existem outras formas de asfaltar.

Leandro Pinheiro – A economia se faz em algumas coisas, como trocando a frota dos veículos aos poucos. 

Roberto Almeida – O grosso desse financiamento dos veículos vai ficar para o próximo prefeito. A primeira parcela grande é o Sidney [Ferraresso, atual prefeito] e depois é o próximo prefeito.

Leandro Pinheiro – Pode ser até o próprio Sidney, se for reeleito. Falta planejamento. Dezesseis anos sem trocar nada, depois paga juros que nem foram estudados. Eles dizem que foi o melhor juro. Houve cotação? Não apareceu para nossa apreciação.

Roberto Almeida – Concluindo, é essa responsabilidade, essa coerência que as pessoas têm de cobrar dos vereadores. Se você paga muito, para qualquer cargo, do Judiciário, do Executivo, do Ministério Público, se remunera bem para que não haja desvios. Quanto ganha um escrevente no Fórum, quanto se paga para um juiz? Se você remunera, o que no nosso caso não é remuneração, é subsídio, se não pagar bem vão dizer que você está roubando, é isso que vamos ouvir.

Leandro Pinheiro – É isso. É como você pagar IPVA e ter de pagar pedágio. Paga imposto, mas tem de pagar plano de saúde, escola, porque não tem contrapartida.

Roberto Almeida – O Viva! Serra Negra me mandou uma pergunta sobre a Previdência e vamos falar sobre isso também. Mas acho que só devemos falar quando ela for aprovada. Eu não acredito que vá mudar. Se mudar, muda pouca coisa.

Leandro Pinheiro – Eu acho que vai mudar no Senado. Acho que muita coisa vai mudar no Senado. Devem mudar coisas mais benéficas para a população. A parte rural não vai passar, nem o que foi mudado.

Viva! Serra Negra – O limite de idade ainda é um ponto crítico, em especial para as regiões do país onde a expectativa de vida fica em torno dos 60 anos e as pessoas não se aposentariam nunca. Isso deve mudar?

Leandro Pinheiro – Como o Senado é bem dividido, quase que igualmente entre os Estados, um terço do Senado é nordestino e mais os Estados do Norte, totalizam 15 Estados que teriam esse problema com a idade. E desde a época do Lula, Fernando Henrique Cardoso, já se discutia a necessidade da reforma da Previdência.


"Bolsonaro está apostando 
muita ficha na presidência e cadê 
medidas para o consumo?"
(Leandro Pinheiro)


Viva! Serra Negra – Agora, no entanto, é um dos principais pilares do governo Bolsonaro e foi vendida como a solução para a economia deslanchar. 

Roberto Almeida – Qual é o déficit da Previdência no ano? R$ 160 bilhões, vamos economizar R$ 900 bilhões em dez anos. São R$ 90 bilhões por ano. Vamos continuar com déficit de R$ 70 bilhões. O que é importante para Serra Negra é a reforma tributária. 

Leandro Pinheiro – Ele está apostando como um pôquer. Agora, vai liberar esse saque do Fundo de Garantia (FGTS), que ao meu ver, não vai dar nem para pagar a conta. Deveria ser pelo porcentual que o trabalhador tem no FGTS. Talvez uns 30% do que cada um tem no FGTS. Agora, todos R$ 500... Tem gente que está há dois anos na empresa, R$ 500 pode cair bem. Mas quem está há 20 anos, R$ 500 não são nada. O que vai aquecer a economia? Bolsonaro está apostando muita ficha na presidência e cadê medidas para o consumo?

Roberto Almeida – O que mais nos interessa é a reforma tributária. Imagina Serra Negra com mais R$ 15 milhões ou R$ 10 milhões no caixa? Vamos ter poder de investir. Vamos poder fazer financiamento para comprar frota, para asfaltar rua. A melhor distribuição de verba na reforma tributária é o que seria o melhor para a cidade. Vamos usar um termo popular, fazer distribuição de renda.


"É normal um médico atender 
204 pacientes em duas horas? 
Dá um minuto e quinze por pessoa"
(Ricardo Fioravanti)


Viva! Serra Negra – Como é a relação de vocês com o prefeito?

Leandro Pinheiro – Eu falo com o prefeito, apesar de não ser compreendido. Sou bem ouvido, bem tratado. Ele me dá atenção, me serve café, mas sou pouco compreendido e atendido nas minhas reivindicações. Por isso, parei de procurá-lo.

Roberto Almeida – Nós somos diferentes e cada um tem um perfil muito peculiar. Eu sou um vereador que raramente alguém me pede coisas. Muito difícil alguém vir pedir. Diferentemente do Ricardo e do Leandro. Quando falo alguma coisa com o prefeito, às vezes sou atendido. Vou a todos os bairros, mas as pessoas não me pedem. Isso não é de agora. É desde a primeira legislatura.

Ricardo Fioravanti – Agora, no Festival de Inverno, fizeram o slogan Eu Amo Serra Negra, na praça, no Alto da Serra. Todas as cidades têm isso. Eu tinha uma indicação para fazer isso, há seis meses. Fiz a indicação, porque não custa nada, mas não fizeram. Agora, ficou lindo... 

Viva! Serra Negra – O vice-prefeito disse em entrevista a nós que as denúncias contra ele no Ministério Público foram uma iniciativa política. O que vocês acham disso?

Ricardo Fioravanti – Me mandaram um vídeo dele falando isso. Ele é bom para enrolar. O que foi denunciado no Ministério Público não é por ele ser médico e vice-prefeito, que é cargo de expectativa. Ele é um bom médico. Se ele é um bom marido, quem avalia é a mulher dele, assim a mãe, se ele é um bom filho. Estamos fiscalizando o dinheiro público. Não é político. É normal um médico atender 204 pacientes em duas horas? Dá um minuto e quinze por pessoa, descontando a hora que a pessoa abre a porta. É normal? E isso é político? O Ministério Público escreve que o vice-prefeito de Serra Negra frauda atendimentos médicos sem pudor. Não está falando que acumula função.

Viva! Serra Negra – E o que vocês acham de ele não seguir a recomendação do Ministério Público de se afastar dos atendimentos médicos da prefeitura?

Ricardo Fioravanti – Ele é médico. A população gosta dele. Atendeu meu filho, embora não tenha feito favor nenhum, porque ele ganha para isso. É válido ele estar atendendo como os outros médicos. Primeiro, que acho imoral ele como vice-prefeito ser chefe da mulher dele. Depois, ela pagá-lo, como chefe dele. Isso é imoral. Até brinquei outro dia na sessão e disse que o cheque não precisava dar essa volta. O Sidney paga o Conisca. De lá manda para a Secretaria da Saúde e ela paga o vice, que está do lado do Sidney. Por que dá toda essa volta? Isso já é imoral. 

Viva! Serra Negra – Mas ele vai ter de responder por não acatar a recomendação...

Leandro Pinheiro – O Ministério Público recomendou, para não mover uma ação, mas como não aceitou a recomendação, o prefeito responde junto. Se ele não tivesse feito a recomendação, somente o Rodrigo [Magaldi, o vice-prefeito] iria responder. Agora, o prefeito e o vice-prefeito têm de responder. 

Ricardo Fioravanti - Há uma recomendação da secretaria para que os médicos, todos eles, não atendam mais do que 30 pacientes por período. Ele atendia, com o argumento de que os pacientes o procuravam. Não foi um ou outro dia, o promotor não faria o processo por causa de um dia. Ele deu exemplo de um dia, mas são vários dias com atendimentos excessivos.

"Todo o dia a gente tem de 
provar que não é bandido. 
O maior desânimo é esse."
(Roberto Almeida)


Viva! Serra Negra – Quais são os planos de vocês para as eleições do próximo ano. Vão se candidatar?

Roberto Almeida – O Ricardo é candidato a prefeito (brincando).

Leandro Almeida – Nós temos a perspectiva de melhorar a cidade, mas na atual conjuntura, estou falando por mim... Mas por não sermos atendidos, a cidade, assim, há dois anos perdida, depois vem essa coisa de asfaltar e embelezar tudo em um ano e meio... Eu estou desanimado. Tenho vontade de tentar fazer alguma coisa pela cidade, mas o desânimo vem. Tenho vontade, mas estou desanimado, porque é errado essa inconstância. Dois anos tudo largado, para depois correr em dois anos, em virtude das eleições. Aqui nós tapeamos tudo e começam a asfaltar ali, agora vão fazer o São Luiz correndo e só tem projeto... E uma coisa é falar de uma administração que chega e tem de colocar a casa em ordem, mas estamos falando de uma administração de um grupo que já tinha oito anos de mandato. As pessoas trabalhando na prefeitura são em sua maioria as mesmas. 

Roberto Almeida – Eles dizem que o orçamento não é deles. Mas, me desculpe, é continuidade. A coligação é a mesma do ex-prefeito. O orçamento ele poderia ter mudado em outubro. Ele poderia ter colocado suas intenções na campanha. Poderia dizer, caso seja eleito, gostaria de fazer isso... A desculpa vem desde o primeiro ano de governo. É diferente do presidente da República. 

Leandro Pinheiro – Querendo ou não é uma continuidade. Diferente na ponta administrativa, mas o grupo é o mesmo. 

Roberto Almeida – Além disso, todo o dia a gente tem de provar que não é bandido. O maior desânimo é esse. Eu, que sou vereador e advogado, olha que combinação boa... Somos chamados de onze inúteis [o vereador se refere a cidadãos que usam as redes sociais para fazer críticas]. Depois ele, que nos chama de inúteis, me disse um dia, na praça, que queria conversar comigo e eu não quis conversa com ele. Disse: "O senhor colocou onze inúteis. Não colocou alguns. O senhor especificou os onze." Ele deixou bem claro que eram os onze. Ele ficou meia hora discutindo. Isso cansa. Acham que a cidade não tem de ter Legislativo, que tem de funcionar como nos Estados Unidos. Então, vamos rasgar a Constituição. O sujeito me pede a foto do poço artesiano perfurado...  Isso desgasta. 

Leandro Pinheiro – Criticam com argumentos sem base, nada presta. Pode achar que sou um mau vereador, mas tem de ter argumento. Isso já vem de anos.

Roberto Almeida – Todo mundo se conhece aqui. 

Ricardo Fioravanti – É diferente de São Paulo onde ninguém se conhece. 

Viva! Serra Negra – As redes sociais não propiciaram essa situação, trazendo para o município a demonização dos políticos, que tomou conta do país?

Leandro Pinheiro – Isso.

Ricardo Fioravanti – Só que aqui, todo mundo conhece todo mundo, sabe o que cada um faz, no que cada um trabalha. Sabe da vida de cada um. Sabe que ninguém ficou rico da política. 

Roberto Almeida -  Você acha que o Ricardo gastou R$ 30 mil no banheiro [da Câmara]? Acha que ele fez o quê com o dinheiro? Acha que por acaso ele fez algum desvio?

Ricardo Fioravanti – O banheiro está lá. Se tivesse sido gasto o dinheiro, mas não tivesse o banheiro... Fiz três licitações, tem nota... O pedreiro tem de ganhar, a empresa tem de ganhar. O sujeito planta e distorce a informação do seu jeito e joga. É analfabetismo político. 

Leandro Pinheiro – Até um tempo atrás tínhamos só fofoca. Agora temos fake news, que é muito mais nocivo do que a fofoca. Eu fazendo aqui uma fake news, quantas pessoas consigo alcançar? Isso cansa muito. A gente tem vontade de fazer alguma coisa, tem. Mas vai desmotivando.

Ricardo Fioravanti – Tem muita gente boa, séria, idônea com vontade de entrar na vida política, mas quando pensa que tem de aguentar isso, desiste.

Viva! Serra Negra – Não tem jeito de quebrar isso?

Leandro Pinheiro – É difícil. Tem gente que não sabe nem onde fica a Câmara Municipal, quanto mais dizer para que serve o Legislativo. O que faz, qual é o trâmite. Acha que pode chegar no plenário e falar o que quiser. Mas não é bem assim. Isso não é em Serra Negra, isso é no Brasil.

Viva! Serra Negra – Mas considerando que Serra Negra é uma cidade pequena, como vocês disseram, onde todo mundo se conhece, não é possível fazer essa mudança cultural?

Leandro Pinheiro – Com o tempo, sim. Está começando a amadurecer isso. É um tomate bem verdão ainda. 

Roberto Almeida -  É bem difícil essa mudança. Voltamos naquela pergunta sobre o subsídio dos vereadores. O sujeito se candidatou, sabendo quanto seria o subsídio e na primeira oportunidade que teve de execrar os que foram eleitos ele o fez. Ele sabia, foi candidato. Então, o candidato assuma o compromisso na campanha, que também não vale nada, registrado em cartório, dizendo que vai doar todo o seu subsídio. Eles sabem o que cada um faz com o seu subsídio? Se ele ajuda, se ele dá. Isso judia. Machuca sua esposa, sua família, seu filho. 

Leandro Pinheiro – Mas nós ainda somos heróis da resistência e tentamos melhorar e discutir. 

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