//MEIO AMBIENTE// Na praça, um alerta contra as queimadas


Ao som da Banda Lira Serra Negra, na manhã deste domingo, 25 de agosto, um grupo de moradores serranos realizou uma manifestação de alerta para as queimadas na Amazônia e em Serra Negra e região, onde já foram registrados alguns casos de incêndio nas matas nas últimas semanas.


Com fotos, folders, banners, desenhos e contação de histórias para as crianças, o grupo, intitulado Coletivo da Montanha, abordou as últimas notícias sobre as queimadas na Amazônia, além de alertar para as ameaças ao futuro da maior floresta tropical do mundo por diversas atividades predatórias, como a extração de madeira, a mineração e a conversão da floresta em pastagens.

O movimento destacou também a importância da preservação do meio ambiente na região, lembrando a depredação de importantes pontos naturais da cidade, como o Parque Fonte São Luiz.


“Esta semana, ao passar por um trecho em chamas na estrada, minha filha chorou ao ver a mata pegando fogo”, contou Catherine Schiavo que acompanhou a apresentação com a filha de seis anos. A iniciativa do grupo na praça, na sua opinião, é de grande importância em especial para a conscientização das crianças. “Estamos vendo o que está ocorrendo no país e precisamos explicar isso a elas”, afirmou.

Para o casal de aposentados Hermínia e Sérgio Requião, de Santos e moradores de Serra Negra há um ano, a iniciativa demonstra a preocupação dos brasileiros com a preservação ambiental e o meio ambiente, embora para eles a queimada na Amazônia, como afirmou o presidente Jair Bolsonaro (PSL), deve ter sido provocada por organizações não governamentais (ONGs) ou por madeireiros.


Transformar a Praça João Zelante por algumas horas em um espaço público de discussão sobre o meio ambiente foi um dos objetivos do Coletivo da Montanha, que reúne professores, profissionais liberais e empresários serranos. “O objetivo é conscientizar sobre o que está ocorrendo na Amazônia e o que ocorre em Serra Negra para despertar desde cedo nas crianças a consciência sobre a importância da preservação ambiental”, afirmou a professora de história Erica Pilom Campos, uma das organizadoras e integrante do grupo.

Segundo ela, o meio ambiente ainda é um tema pouco explorado em salas de aula. Nem mesmo as queimadas em Serra Negra e na região, que aumentam de forma significativa nesta época do ano, são muito debatidas com os estudantes. “Por aqui ainda muita gente acha natural a queimada como alternativa para elevar a produtividade agrícola”, afirma.



A iniciativa de debater o meio ambiente na praça João Zelante faz parte de uma série de projetos que o Coletivo da Montanha pretende desenvolver no município. “Somos um grupo sem fins lucrativos que pretende atuar em todas as áreas, como saúde, educação e contribuir para a formulação e discussão de políticas públicas para Serra Negra”, disse.  

Entre os projetos desenvolvidos, Erica cita o de incentivo à leitura, comunicação, meio ambiente e recuperação do Parque Fonte São Luiz. 








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