//ARTE// Um realejo que resiste ao tempo

Guigão, Renan, Claudio e Vagner: o novo O Realejo

Neste domingo, 7 de julho, a tarde no Alto da Serra, um dos mais apreciados pontos turísticos da cidade, vai se encher de música de qualidade, por meio do grupo O Realejo, que se mantém há 11 anos em destaque no cenário artístico serrano e vai se apresentar no local a partir das 15h30.

Hoje um quarteto, formado por Claudio Lugli (violão), Renan Medeiros (violão), Vagner Perondini (trumpete) e Guigão Rodrigo (percussão), o grupo nasceu como um duo, em 2008, integrado por Patricia Menezes (saxofone e flauta) e Alex Oliveira (percussão), que se juntaram para tocar nos saraus promovidos pela Secretaria de Cultura do município. Não demorou para Claudio se integrar à dupla, surgindo assim o trio que passou a se chamar O Realejo.

Com essa formação, eles começaram a se apresentar em eventos, hotéis, bares e restaurantes de Serra Negra e região. Em 2011 o trio gravou o DVD "A tua espera", com músicas autorais, algumas cenas de shows e entrevistas com os músicos.

Alex acabou deixando o grupo, que durante o tempo em que Patrícia esteve fora, numa "licença-maternidade", contou com a participação de Marcelo Giachetto. Com a volta de Patrícia, juntou-se ao grupo Adhemar Watzl (percussão), em 2013. Essa formação de O Realejo durou até a morte de Adhemar, em 2017. O músico foi substituído por Guigão Rodrigo e com a saída de Patrícia, que se mudou para Portugal em 2018, o trio se tornou um quarteto - entraram Renan e Vagner.

As mudanças não foram apenas de músicos, mas também de músicas. Claudio e Renan já haviam tocado juntos e resolveram incorporar o antigo repertório ao novo conjunto. O Realejo atual faz basicamente música instrumental - chorinhos, sambas, bossa nova... "Quase tudo música popular brasileira", frisa Claudio.

Antes, o grupo mesclava o canto com o instrumental. "Era mais fácil para as pessoas gostarem", diz Claudio. Mas ele acredita que o novo repertório e os novos arranjos estão agradando a plateia. "E o legal é que nós acabamos tocando aquilo de que gostamos", afirma o violonista, também trumpetista e presidente da Banda Lira de Serra Negra.

Com toda a sua experiência na vida artística da cidade, Claudio acha que, apesar da crise econômica por que passa o Brasil, o mercado de trabalho em Serra Negra é um dos melhores da região. "A prefeitura ajuda, o turismo aqui é forte, e a cidade tem muito mais campo para o músico do que outros locais", diz. Mesmo assim, ele deixa uma sugestão: os hotéis e pousadas poderiam programar mais música ao vivo. "A gente sabe das dificuldades econômicas, mas esse seria um diferencial."

Alguns vídeos do grupo:

https://www.facebook.com/ORealejoSerraNegraSP/videos/367887657337673/

https://www.facebook.com/ORealejoSerraNegraSP/videos/360918514703327/

https://www.facebook.com/ORealejoSerraNegraSP/videos/590226984756560/

https://www.facebook.com/ORealejoSerraNegraSP/videos/311833956117756/

Comentários