//CRÔNICA// Vai trabalhar, vagabundo!


Carlos Motta

No fim do ato contra a reforma da Previdência, por volta das 16h45 desta sexta-feira, 14 de junho, na praça João Zelante, quando os cerca de 40 participantes já se preparavam para ir embora e em coro entoavam o "Lula livre" tradicional da esquerda e movimentos populares, ouviu-se, de uma mesa no Café do Barulho, uma réplica:

- Lula ladrão, Lula na cadeia!

O "Lula livre" dos manifestantes soou então mais alto. 

E veio a tréplica:

- Mito, mito!

Novamente, ouviu-se o "Lula livre".

Os cinco bem nutridos ocupantes da mesa arriscaram então a derradeira ofensa, aquela que para alguns soa como o ponto final de qualquer discussão:

- Vai trabalhar, vagabundo!

A mesa dos cinco estava repleta de copos, pratos com restos de comida e bisnagas de ketchup.

Deve ter dado um trabalho enorme jogar tudo aquilo no estômago.

E como deve ser difícil para certas pessoas aceitar a democracia, a diversidade, o diferente...

Comentários

  1. Sinceramente, esperar o que desse tipo de pessoa? Não fiquei ofendido ou chateado com o que disseram, pois nenhum dos participantes se enquadrada no dito por eles. Esperava que nos dissessem onde está o Queiroz, como lhes foi perguntado, sobre o Mitômano, que foram saber o significado no Aurélio. Mas o que importa é que calaram-se.

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