//EDUCAÇÃO// Plano de carreira vai mudar

Rita Pinton: "É bem polêmico mexer na lei"

O plano de carreira da área da Educação deverá passar em breve por uma reforma para corrigir as distorções salariais entre os profissionais de Serra Negra, em especial dos iniciantes. Mas ainda não há prazo para que isso ocorra.

Segundo a titular da pasta da Educação, Rita Pinton, a secretaria precisa antes contratar uma empresa de assessoria jurídica para estudar as alterações necessárias na legislação. “Temos de rever alguns pontos do plano, mas precisamos da assessoria jurídica, porque é bem polêmico mexer na lei”, explica.

Embora a secretária informe que o salário inicial está dentro do piso nacional, 150 professores titulares do ensino infantil ganham apenas R$ 1.129,27 ou R$ 131,27 a mais que o salário mínimo federal, segundo a Portaria nº 44, de 11 de março de 2019, assinada pelo prefeito Sidney Ferraresso (DEM).

Os dez pedreiros que pertencem ao quadro de funcionários da prefeitura recebem mais do que os professores:  R$ 1.199,53, mesmo salário da única telefonista e dos dois serralheiros/soldadores.

“Não classifico como mau o salário daqui. Não tenho conhecimento de outros municípios. O problema é que há salários ótimos na rede e há salários iniciais que têm de ser revistos”, diz a secretária.

Os salários, ela explica, evoluem por conta da progressão dentro do plano de carreira e avaliação de desempenho, entre outros fatores. O professor, segundo Rita, tem um período probatório de três anos para entrar no plano de carreira. Nesses três anos é que tem um aumento salarial diferenciado que o deixa defasado em relação ao plano. “Mas não é menor do que o piso”, conclui.