//POLÍTICA// Os donos dos votos serranos


Carlos Motta

Se a intenção da deputada estadual Valéria Bolsonaro (PSL) ao visitar Serra Negra nesta segunda-feira, 22 de abril, é, como alguns especulam, estreitar laços com os moradores locais e influenciá-los na eleição municipal do próximo ano, ela vai ter muito, mas muito trabalho pela frente - pelo menos com base no resultado que obteve em 2018.

Valéria, professora campineira de 49 anos, casada com um primo em segundo grau do atual presidente, foi a preferida de somente 53 eleitores serranos, o que representou 0,37% do total de votos válidos para a Assembleia Legislativa na cidade. No ranking das candidaturas, ficou na 25ª posição.

O campeão entre os candidatos a deputado estadual foi, para variar, Edmir Chedid (DEM), do grupo político do atual prefeito, Sidney Ferraresso (DEM), que recebeu incríveis 5.288 votos, ou 36,46% dos votos válidos, se reelegendo facilmente.

Janaína Paschoal (PSL), a "musa do impeachment", ficou logo atrás, com 1.767 votos, ou 12,32% dos votos válidos, seguida por Barros Munhoz (PSB), ex-deputado estadual e ex-prefeito de Itapira, que teve o apoio da chapa derrotada para a eleição municipal - recebeu 928 votos, que representaram 6,47% dos votos válidos.

Mas se Valéria Bolsonaro teve uma votação pífia em Serra Negra, os outros representantes da família brilharam: Eduardo Bolsonaro (PSL) foi o campeão entre os candidatos a deputado federal, com 2.263 votos (15,87% dos votos válidos), e seu pai, Jair Bolsonaro (PSL), nadou de braçadas no segundo turno que disputou contra Fernando Haddad (PT): venceu por 81,68% (12.094 votos) a 18,32% (2.712 votos).

Perto deles, com perdão pelo trocadilho, Valéria cabe num bolso. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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