//JUSTIÇA// Fórum entra na melhor idade


O ex-prefeito Irineu Saragiotto, sob cuja gestão foi inaugurado o edifício do Fórum, na Praça Barão do Rio Branco, compareceu, na tarde de quinta-feira, à festividade que marcou os 60 anos de sua abertura ao público, em 25 de abril de 1959. Aos 93 anos de idade, Saragiotto explicou a alguns dos presentes, como se deu a tramitação do processo que levou à construção do prédio, destacando que foi preciso que houvesse uma unidade de esforços dos três Poderes para que os planos saíssem do papel. 

Saragiotto informou ainda que o nome do Fórum foi uma homenagem a um dos mais importantes juristas, legisladores, magistrados e filósofos brasileiros, Clóvis Beviláqua (1859 - 1944).

Discursaram na solenidade o atual prefeito, Sidney Ferrareso, o juiz da 2ª Vara, Carlos Eduardo Silos de Araújo, e o presidente da 147ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Leandro Afonso Tomazi.

“Essas paredes, os ferros, as telhas, o concreto, a madeira não têm vida, mas testemunharam ao longo dos anos várias histórias da Comarca de Serra Negra. Imagine o que essas paredes desse Fórum, sobretudo as da sala de audiência e do Tribunal do Júri testemunharam? Quantas histórias, quantos dramas, quantas vezes nós percebemos a natureza humana, a generosidade, o cidadão mesquinho, o cidadão que colabora, o cidadão egoísta, a violência, a paz, a coragem, a covardia? Todos que hoje trabalham, os promotores, advogados, os funcionários da segurança, do transporte, da limpeza, fazem parte dessa história”, afirmou o juiz em seu discurso.

“A Justiça é feita pelo Estado democrático de direito e só cumpre o seu papel atribuindo a cada responsabilidade dos casos aqui trazidos quando se tem uma atuação livre de todos os operadores do Direito”, destacou o advogado.

Depois dos discursos, houve o descerramento de uma placa alusiva aos 60 anos do prédio e um bolo foi dividido entre as autoridades e a população em geral. A Corporação Musical  Lira de Serra Negra também participou da festividade.

De acordo com a juíza-diretora do Fórum, Juliana Finati, o prédio foi construído obedecendo ao padrão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, com a mesma formatação. Atualmente, funcionam no local duas varas e dois cartórios judiciais.

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