//ECONOMIA// Os bons frutos da feira noturna

José Joaquim (à dir.), seu filho Rodrigo e sua nora Keli: tudo vendido

Salete Silva

Pouco mais de seis meses depois da inauguração, a Feira Noturna de Serra Negra, realizada às quintas-feiras na Praça Sesquicentenário, atrás da rodoviária, já conta com 100 participantes, a maioria de produtores agrícolas, que vendem no local de 70% a 100% de sua produção.

Para o agricultor é um bom negócio e para o consumidor, que leva para casa um produto mais barato, a feira virou um momento de lazer para pessoas de todas as idades e faixa de renda.

Além das vendas diretas ao consumidor, muitos produtores aproveitam para fazer contatos e ganhar novos clientes para entregas ao longo da semana. “Não sobra nada para oferecer aos supermercados ou outros estabelecimentos”, comemora o agricultor José Joaquim Moreira, produtor há 50 anos.

Ao lado da nora Keli de Paula e do filho Rodrigo Moreira, ele diz vender no local 100% de sua produção de cenoura, beterraba, batata doce e mandioca, entre outros produtos. A possibilidade de vender tudo num único dia, ele explica, torna o negócio mais lucrativo. O horário noturno, ele destaca, é interessante tanto para o consumidor quanto para o expositor.

Para o feirante, ele explica, o trabalho fica menos cansativo uma vez que não é necessário sair de casa na madrugada para montar a barraca. “Todas as feiras livres da cidade deveriam ser noturnas”, sugere. A vantagem para o consumidor é poder ir às compras depois de encerrar o expediente de trabalho, o que na sua opinião explica o perfil diversificado da freguesia, formada por casais, jovens, crianças e famílias que fazem das compras de hortifrúti um passeio noturno.  

“Aqui, tudo é mais fresco e mais barato do que no supermercado”, diz a dona de casa Vilza Viscola, que depois da criação da feira deixou de comprar hortifrútis no supermercado. “Sem contar que é diferente e a gente aproveita para dar um passeio”, acrescenta.

Passam por lá todas as quintas-feiras entre 2 mil e 2,5 mil pessoas, calcula o diretor da Divisão de Cultura de Serra Negra, Francisco Bertran, o Chicão. “São pessoas de todas as classes sociais”, observa a produtora Sonia Nunce Arone, agricultora há 17 anos. Ela calcula vender na feira cerca de 70% de sua produção de folhas (alface, chicória e almeirão). “Uma parte é venda direta, a outra são contatos para entrega em casa”, explica.


Luciana e Maria de Fátima: pastel e bolo no pote

A liberação da feira para expositores de outros tipos de produtos, como doces, lanches, artesanatos e até chope e pastel, também faz parte do segredo para o sucesso, analisa Chicão. Ajuda a atrair o público. Bom para os agricultores, bom para as confeiteiras e sócias Luciana Sida Lopes e Maria de Fátima Picirilo que têm registrado boa demanda para pastel integral e bolo no pote. Elas aproveitam a oportunidade para divulgar e pegar encomendas de sua produção exclusiva de pães e bolos sem glúten.

Há seis meses produzindo sabonetes artesanais e há três meses expondo na feira, Marina do Prado Lopes também aproveita o espaço para fazer contatos, assim como Carina Salzani, fabricante de balas de coco, entre outros doces. Carina diz que já fechou na feira contratos de eventos, como aniversários e casamentos. 

O aumento da procura por expositores e de visitantes levou a Divisão de Cultura a traçar um plano de expansão que será executado assim que concluídos os investimentos em infraestrutura para poder acomodar na área novos expositores. Por enquanto, só há vagas para a área de gastronomia. Além de produzir o que oferece na feira, o expositor tem de oferecer um preço mais atrativo aos visitantes da feira.

Comentários

  1. Muito bom!!! Frequento a feira aos sábados, domingos e na quinta-feira é lindo ver tantas variedades de frutas, verduras, legumes, grãos, mel e além de todos os atrativos da gastronomia e artesanatos. Parabéns !

    ResponderExcluir
  2. Parabéns a todos!! A nossa feira noturna é realmente e um espetáculo!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Os comentários são bem-vindos. Não serão aceitos, porém, comentários anônimos. Todos serão moderados. E não serão publicados os que estimulem o preconceito de qualquer espécie, ofendam, injuriem ou difamem quem quer que seja, contenham acusações improcedentes, preguem o ódio ou a violência.