//FERNANDO PESCIOTTA// Ensinamentos da eleição

Tomaz Silva/Agência Brasil



Toda análise açodada é, por natureza, problemática. Feita no calor dos acontecimentos, fica pior ainda. É preciso calma, tranquilidade, frieza e distanciamento para expor conclusões construtivas.

Após a eleição municipal, atira-se para todos os lados. São conclusões apaixonadas, interessadas e enviesadas, principalmente pelo fato de que o pleito tem características próprias que se acentuam com o advento das emendas parlamentares e do, consequentemente, muito maior poder de barganha dos gestores.

Dito isso, não é pelo resultado desta eleição, mas, sim, o PT precisa fazer revisões. Isso está claro já há alguns anos. Lula se elegeu em 2022 porque é Lula e porque o Brasil sentiu a necessidade de se livrar do Mefisto.

Muito tem sido dito nos últimos meses sobre a importância de acompanhar as mudanças comportamentais da sociedade, o avanço da tecnologia e de novas visões de mundo.

E, fundamentalmente, a forma, tom, jeito e intensidade da boa comunicação. Se governos medíocres conseguem ter aprovação, um bom governo não alcançar o mesmo grau é por causa de algo muito grave nesse processo de comunicação.

De resto, o tempo vai mostrar acertos e equívocos nas decisões políticas, e quero ouvir mais aqueles que já não enxergam os partidos com recortes de direita ou de esquerda, mas por suas relações com segmentos de uma sociedade cada vez mais plural.

-----------------------------

Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com



Comentários