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Filme icônico de um dos gêneros mais marcantes da cinematografia mundial, a "commedia all´italiana", dirigido por Mario Monicelli e tendo como protagonista o superlativo Vittorio Gassman, "L'Armata Brancaleone" recebeu no Brasil o título de "O Incrível Exército de Brancaleone".
Nele, um grupo de maltrapilhos segue um jovem aristocrata, que viaja pela Itália medieval rumo a uma alegada herança que consiste em um feudo. Na jornada, o "exército" enfrenta situações perigosas, que expõem tanto a determinação do líder Brancaleone como a fragilidade de seus "soldados".
O filme fez sucesso no mundo inteiro e é hoje um clássico. Tanto que "exército de Brancaleone" virou expressão que designa um grupo de pessoas que mesmo sem condições numéricas ou materiais, busca atingir determinado objetivo.
O sentimento que tive, no decorrer da campanha eleitoral da qual participei em Serra Negra, junto com companheiros do PT, é de que formávamos uma espécie de "exército de Brancaleone" - no caso, "Pranchaleone", em referência ao nosso candidato a prefeito, o corajoso Marcos Mielli, conhecido por Prancha em toda a cidade.
Tal qual Brancaleone, foram inúmeras as aventuras vividas no decorrer dos meses de pré-campanha e nos 45 dias de campanha.
A começar pelo sem número de conversas com filiados, amigos e conhecidos, na tentativa de montar as chapas majoritária e proporcional. E as reuniões infindas entre nós para traçar os rumos da campanha. E a dificuldade para montar um programa de governo. E a batalha para abrirmos as contas eleitorais. E a guerra contra a burocracia da Justiça Eleitoral. E os preparativos para recebermos as visitas dos parlamentares do PT. E a expectativa sobre o quanto teríamos de verba para nos armarmos minimamente para a campanha...
Tudo foi difícil. Tudo era novo para nós. Sentíamos apenas que havíamos entrado num túnel escuro, sobre o qual não sabíamos quase nada, principalmente se ele teria um fim.
A cada dia havia um obstáculo a superar. E a cada dia crescia a certeza de que entráramos numa luta absolutamente desigual - enquanto a cidade já se encontrava toda adesivada, embandeirada e tomada pelos nossos adversários, ainda rezávamos para que o partido nos enviasse alguma verba do Fundo Eleitoral.
A campanha propriamente dita foi feita da maneira como as nossas condições físicas, mentais e materiais permitiram. Nossa prioridade era não ofender nenhum adversário, ocuparmos somente em divulgar nossas propostas de governo.
Ocupar a "esquina da democracia", com uma banquinha de materiais, nos permitiu uma visibilidade mínima. Desviar das cascas de banana jogadas para nos desequilibrar, das "fakes news" lançadas para nos desacreditar e não aceitar provocações foram preocupações extras.
Sobrevivemos à campanha graças à nossa teimosia e convicções de que Serra Negra precisa pular da década de 1970 em que vive para a contemporaneidade, aceitando as divergências de opiniões, profissionalizando sua gestão, dando prioridade à criação de mais empregos e aumento de renda, criando oportunidades de futuro aos jovens, cuidando e protegendo o meio ambiente, oferecendo transporte coletivo de qualidade e proporcionando mais lazer e cultura para sua população, entre outras tantas coisas.
Claro que esperávamos um resultado melhor das urnas. Pensávamos que seria possível eleger um dos nossos para a Câmara Municipal. Mas não nos sentimos derrotados. Tiramos importantes lições desta campanha eleitoral, que certamente servirão para fortalecer o partido em nossa cidade.
É mais ou menos como o final de "O Incrível Exército de Brancaleone": quando tudo parecia perdido, o grupo de maltrapilhos é salvo sob a condição de ir à luta contra os "infiéis" numa cruzada.
Igualmente, sobrevivemos. O "Incrível Exército de Pranchaleone" vai agora se preparar para outras cruzadas, outras batalhas, outros embates políticos.
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Carlos Motta é jornalista profissional diplomado (ex-Estadão, Jornal da Tarde e Valor Econômico) e editor do Viva! Serra Negra
O Incrível Exército de Brancaleone / Portugal: O Capitão Brancaleone) é um filme de comédia e aventura italiano lançado em 1966, dirigido por Mario Monicelli. Possui Vittorio Gassman no papel principal. Foi exibido no Festival de Cinema de Cannes no mesmo ano em que foi lançado.
O filme, considerado um clássico, retrata os costumes da cavalaria medieval através da comédia satírica. Na Itália, recebeu o prêmio de melhor fotografia, melhor figurino e melhor trilha sonora. É inspirado no Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.[carece de fontes] No enredo, Brancaleone e seus homens enfrentam perigos como a peste negra, os sarracenos, os bizantinos e bárbaros, focalizando temas como as relações sociais do feudalismo e o poder da Igreja Católica. O contexto histórico é a Baixa Idade Média, quando o trinômio peste, fome e guerra marca a crise do século XIV e do sistema feudal.
Em 1970, Mario Monicelli dirigiu a continuação, intitulada Brancaleone alle Crociate (br: Brancaleone e as Cruzadas/pt: Uma aventura nas Cruzadas).
Sinopse
O filme é considerado um expoente de um gênero clássico do cinema italiano conhecido Commedia all'italiana e retrata os costumes da cavalaria medieval através da sátira, mostrando um jovem aristocrata chamado Brancaleone (Vittorio Gassman) que, educado no código de cavalaria da ética, deve Reivindicar uma alegada herança que consiste em um feudo. Por isso, Brancaleone recorre ao apoio de um punhado de bandidos mal armados e muito temerosos, que só procuram fugir das agruras do banditismo sem correr grandes riscos, e a quem o protagonista da fantasia chama seriamente de "meu exército" (chamado armata em italiano). A ingenuidade e a falta de coragem de Brancaleone e seu temido "exército" causam situações irônicas e humorísticas, enquanto o grupo de aventureiros mal equipados busca realizar sua missão.
Carlos Motta
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Comentários
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Parabéns e obrigado a todas e todas integrantes desse exército. A batalha foi enfrentada com muita coragem e dignidade. A "guerra" continua...
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