//FERNANDO PESCIOTTA// O inferno do crime cibernético



A palavra cibernética tem origem no grego “kybernetes”, que significa “governante” ou “piloto”. Ou seja, algo que remeta a controle.

Mas o que temos visto é tudo menos controle. A picaretagem rola solta nos sistemas de comunicação digital. Nas redes sociais, a farra das fake news não tem limites e nas operacionalidades da internet, o crime só faz crescer.

Nesta terça-feira (23), o ministro Fernando Haddad informou que um dos invasores do Siafi, o sistema de pagamentos do Tesouro Nacional, foi identificado.

Os invasores usaram senhas de servidores do Ministério da Gestão e desviram R$ 2 milhões para a conta de uma empresa de Campinas, de Eliezer Toledo Bispo.

O dinheiro foi estornado, mas o caso expõe uma situação que exige olhares mais atentos de autoridades policiais e de agentes privados.

Se o sistema de pagamento da União é vítima de ciberataques, imagina o cidadão desprotegido. O número de golpes e tentativas de desvio de dinheiro atormenta todo mundo o tempo todo.

A todo instante as pessoas são vítimas de tentativas de golpes no sistema bancário por meio de plataformas eletrônicas. A polícia não toma nenhuma providência e os bancos não estão nem aí.

Para atrair votos, o governador Tarcísio de Freitas não liga que a PM saia matando meio mundo. Isso dá visibilidade e agrada à classe média paulista.

Mas proteção ao cidadão contra os milhões de golpes bancários não acontece nunca porque significa ação de difícil materialização para o marketing político. Dá trabalho e não dá Ibope.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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