//FERNANDO PESCIOTTA// Ação de Lula em São Paulo



Grupos de WhatsApp e mesas de bar estiveram agitadas nesta terça-feira (9) com a confirmação de que, com apoio do presidente Lula, a ex-prefeita Marta Suplicy volta ao PT para ser candidata a vice na chapa encabeçada por Guilherme Boulos em São Paulo.

A decisão motivou polêmica e bate-boca. Tem gente do PT que ainda não engoliu o fato de Marta ter deixado o partido após votar a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff e bandear para adversários do petismo.

Há, também, quem considere que a iniciativa do presidente Lula pode tumultuar a base petista na Capital e contaminar outras campanhas, dada a nacionalização do pleito em São Paulo.

As conversas com Marta tiveram claro envolvimento de Lula, de quem ela nunca esteve distante, mas foram capitaneadas pelo deputado Rui Falcão, visto como importante liderança do PT na Capital.

O fato é que a jogada é um golpe na direita, que nas redes sociais revelou que sentiu a estocada.

Além de ampliar a base eleitoral de Boulos, a “captura” de Marta significa uma baixa importante na candidatura do atual prefeito, que deve atrair o bolsonarismo por falta de opção.

Marta ainda tem algum apelo eleitoral na periferia e representa a presença da classe média ao lado de um “radical de esquerda”. Ela pode ajudar a romper barreiras e preconceitos.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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