//CIDADE// O destino do antigo Grande Hotel: ser vendido

Imóvel do antigo Grande Hotel: a cada dia mais deteriorado


O prefeito Elmir Chedid pretende vender o prédio em que funcionava o Grande Hotel Serra Negra e que se encontra em acelerado processo de deterioração. A decisão de venda do imóvel já foi aprovada pela Assembleia Geral da Senetur realizada em 17 de março, na Secretaria Municipal de Turismo.

O destino do edifício voltou a ser questionado pela população e discutido pela Câmara Municipal depois de sofrer duas pichações em toda a sua fachada em apenas uma semana. "A vontade do prefeito é vender o imóvel. Na cabeça dele, o prédio vale no mínimo R$ 30 milhões e esse dinheiro no caixa dá para resolver muitos problemas. Não tem funcionário, nem expertise para instalar hospital, escola nada disso", disse o vereador César Augusto Borboni, o Ney.

Moradores têm criticado nas redes sociais a depredação do prédio e cobrado da administração municipal providências para estancar o processo de deterioração do imóvel, que, segundo eles, deveria ser utilizado em benefício da população.

As principais sugestões dos moradores para o uso do imóvel têm sido a instalação de um hospital ou de um hotel escola destinado à capacitação de interessados em atuar no segmento de turismo, principal atividade econômica da cidade. O vereador Roberto de Almeida sugeriu ainda que a sede da Guarda Civil Municipal seja transferida para o local enquanto a prefeitura não decide o destino para o imóvel.

Depois da divulgação da reportagem do Viva! Serra Negra de que o imóvel não pertence à Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), como chegou a informar Ney quando ocupava a Presidência da Câmara, o assessor especial do Gabinete, Vanderlei Lona, explicou que o sócio minoritário da Senetur (Serra Negra Empresa de Turismo), proprietária do imóvel, é o Fungetur (Fundo Geral do Turismo), vinculado ao Ministério do Turismo.

Sem a dissolução da sociedade com o Fungetur, a administração municipal alega que é impossível definir o destino do imóvel. Até o início do ano, a Senetur detinha 79,7% de participação e o Fungetur 20,2%.

A composição societária passou a ser de 81,48% da Senetur e 18,52% do Fungetur, depois da Assembleia Geral que autorizou a conversão do IPTU dos anos fiscais de 2019 a 2023 e das despesas realizadas pelo município em favor da Senetur.  

A expectativa da prefeitura é conseguir a transferência total do porcentual de participação do Fungetur para a Senetur. A única forma de agilizar essa transferência seria por meio de negociação, que vem sendo tentada sem sucesso desde a administração do ex-prefeito Sidney Ferraresso.

Ney garante que as negociações da prefeitura para a transferência haviam avançado, mas retrocederam, o processo estancou, e as conversas não avançaram. Enquanto isso, o prédio que será vendido se mantém em acelerado processo de deterioração. 



Comentários

  1. Não concordo muito com a venda do hotel a não ser que todo dinheiro realmente seja investido na educação,saúde e cultura para o povo serrano!

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