//FERNANDO PESCIOTTA// Em busca de paz e paciência



Nos quatro anos de desgoverno do inominável, o estouro do teto de gastos somou pouco mais de R$ 794 bilhões, o que dá uma média de quase R$ 200 bilhões por ano, o mesmo que Lula está sugerindo agora.

Com o inominável e o suspeito Paulo Guedes a reação dos investidores do mercado financeiro sempre foi de normalização. O que mais se ouviu nesses tempos tenebrosos é que as oscilações vinham das “sérias instabilidades”.do cenário externo.

Nesta quinta-feira (17), o presidente eleito reafirmou seu compromisso com o social e fez pouco caso de eventuais perdas dos “especuladores” do mercado financeiro. Imediatamente, economistas ligados a bancos e instituições financeiros saíram em defesa do sistema, atirando em Lula.

O que se ouve de economistas e analistas de bom-senso é que ambos os lados estão extrapolando. Lula tem reforçado o discurso a seu público mais fiel e os investidores reagem sem calma.

José Paulo Kupfer é um dos especialistas que concordam que o estresse está sendo antecipado. “Está faltando um monte de coisa, como o governo eleito definir, quem é o ministro da área econômica para o mercado saber se é confiável, por exemplo”, contemporiza.

Neste momento, o mais sensato é esperar as definições e sacramentar a vitória da democracia sobre a tentativa golpista e do avanço sobre o atraso para lá de medieval representado pelo inominável.

A Copa do Mundo começa no domingo e isso pode amenizar a histeria infundada e trazer um pouco de paz e paciência.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com




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