//ANÁLISE// À espera da volta do bom humor

                                                                                                                                                                                         


Fernando Pesciotta


O ex-deputado Roberto Jefferson repetidas vezes postou nas redes sociais vídeos nos quais aparece, armado até os dentes, ameaçando autoridades.

Estimula os lunáticos da seita do Dick Vigarista. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou Jefferson de volta para a cadeia.

Cobrado pelos fanáticos para defender o terrorista, Dick revelou que vai pedir a abertura de processo de impeachment de Moraes e de Luiz Roberto Barroso, outro ministro do Supremo.

É uma estratégia barata de tentar orientar o discurso da seita. Mas cada manifestação insensata do Vigarista tem um custo enorme para a economia brasileira.

A crise política que ele provoca amplia os riscos fiscais e os juros ficam mais altos. As previsões para o PIB são cada vez menos otimistas.

Na sexta-feira (13), a MB Associados reduziu a projeção do PIB no ano que vem de 1,8% para 1,4%. E segue a tendência de novos cortes.

De acordo com a consultoria, “a conjunção de crise política e econômica, com elevada taxa de desemprego e taxa de juros para conter a inflação, tirará crescimento do consumo e dos investimentos em 2022”.

Economistas reconhecem que a inflação mais alta deprime a renda e limita a retomada do crescimento.

Coerente com a política econômica de Paulo Guedes, só a classe A terá sobra de recursos, com alta de 2,8%. Na outra ponta, entre os mais pobres, das classes D e E, haverá recuo, de estrondosos 18,5%.

Não por acaso, o real é a moeda mais volátil entre todas aquelas dos países emergentes. A desconfiança é grande entre investidores.

Depois desse desastre chamado Bolsonaro, o Brasil terá muito trabalho para se recuperar e devolver o bom humor aos brasileiros.

 
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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