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Fernando Pesciotta
Para além de questões religiosas, da culpa que o cristianismo impõe a seus seguidores, não é politicamente correto caçoar da doença alheia e desejar o pior para parentes, amigos, colegas ou mesmo para inimigos ou adversários.
Por que, então, tanta gente recorre às redes sociais e aos grupos de WhatsApp para desejar a morte de Bolsonaro agora que ele está com a saúde debilitada?
Desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro nunca fez nenhum discurso conciliador. Ao contrário, sempre pregou o ódio e fez questão de desejar o pior a todos que não sejam da sua seita. Prega a morte como instrumento de trabalho.
Desde a tarde desta quarta-feira (14), corre nas redes a lembrança do que Bolsonaro já falou de adversários e desejou a inimigos, com vocabulário e comportamento milicianos.
“Espero que saia internada, com câncer, de qualquer jeito”, afirmou sobre a então presidenta Dilma Rousseff. Antes disso, dissera que o “erro da ditadura foi só ter torturado e não matado”.
“Vamos fuzilar a petralhada toda”, disse para comemorar a vitória eleitoral em 2018.
São apenas alguns exemplos usados pelos usuários para justificar os pensamentos nada positivos para a sobrevivência de Bolsonaro.
Eu acrescentaria as frases mais recentes, como “e daí, quer que faça o que?”, dita quando perguntado sobre as mortes causadas pela covid-19, para o que deu grande contribuição. Ou aquela “tem de deixar de ser maricas”, no mesmo contexto.
Acho que no fundo Bolsonaro sabe ser um medíocre infeliz. Isso explica o fato de tentar explorar sua própria mazela para tirar proveito político, como fez ao ser internado com obstrução intestinal. Explica tudo.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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