//FALA, CIDADÃO!// Minimalismo Digital



Edmilson de Eirós Oliveira


Ansiedade, dores musculares, alterações na visão, problemas de audição, insônia, transtornos psicológicos, pânico, depressão e fadiga. Estes efeitos estão diretamente relacionados com a utilização excessiva das tecnologias.

Sempre tivemos uma relação muita dependente das tecnologias, mas devido ao cenário pandêmico, esta dependência atingiu níveis muito preocupantes. Em um determinado momento esta relação gera uma confusão entre vida pessoal e profissional, do que advêm consequências presentes e futuras à saúde do indivíduo.

Apresentei no 3⁰ Seminário Internacional de Tecnologia, Educação e Sociedade, da  Faculdade de Tecnologia de Itaquaquecetuba, no mês passado, os resultados de uma pesquisa realizada com trezentas pessoas de vários segmentos de atuação e faixa etária.

Destaca-se que 75% dos respondentes indicaram que as tecnologias estão presentes em mais de 80% do seu tempo diariamente. Neste cenário, o aplicativo WhatsApp foi o que obteve maior indicação.

Mas, como resolver ou mitigar esta dependência?

Neste sentido, a filosofia do minimalismo digital vem sendo uma opção muito bem aceita, pois não representa viver com o mínimo ou com escassez, mas focar naquilo que realmente é necessário para o bem-estar e manutenção da produtividade.

Destaca-se que 85% dos respondentes desconheciam a filosofia, ou seja, as pessoas estão desinformadas sobre como superar este desafio. Em contrapartida, 75% informaram que aceitariam adotá-la.

Dentre as diversas ações citadas pela filosofia, destacam-se a definição de horários fixos para utilização das tecnologias, desativar as notificações e realizar uma faxina digital, começando pelos apps dos celulares.

O importante é o indivíduo entender que não se altera um estilo de vida em 24 horas. É necessário planejamento, mudanças culturais e acima de tudo foco. 

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Edmilson de Eirós Oliveira é analista de Suporte Técnico Sênior e professor de ensino superior

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