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Três áreas da cidade concentram a maior parte dos casos de covid-19 registrados em Serra Negra: Centro, Alto das Palmeiras e o Bairro das Posses.
“Na parte central, a maioria dos casos foi registrada da Praça Sesquicentenário à antiga telefônica (Rua Visconde do Rio Branco)”, afirmou o prefeito Elmir Chedid (DEM) a integrantes do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), em reunião realizada na noite de segunda-feira, 18 de janeiro.
Durante a reunião dos conselheiros para discutir a atualização do Plano Diretor de Turismo, o prefeito deu prioridade aos assuntos relacionados ao recrudescimento da pandemia na cidade.
Ele disse estar preocupado porque apesar de ter adotados medidas como maior fiscalização, multas e campanha de conscientização do uso de máscaras e distanciamento social, além da distribuição de máscaras pela Vigilância Sanitária, os casos têm crescido de forma exponencial no município.
Chedid fez uma comparação do cenário pandêmico na cidade entre 29 de dezembro de 2020 e 18 de janeiro de 2021. O número de novas notificações no período subiu 33,89%, com 547 novas notificações, atingindo um total de 2.161 novas notificações.
Os casos confirmados subiram de 662 em 29 de dezembro de 2020 para 829 confirmações em 18 de janeiro, aumento de 37,71%.
Os casos confirmados e em isolamento social, que somavam 45 em 29 de dezembro, agora são 78, aumento de 73,33%. Em menos de um mês o número de óbitos subiu de 4 em 29 de dezembro para 11 em 18 de janeiro.
Chedid rebateu as críticas à estratégia lúdica adotada pela prefeitura na tentativa de conscientizar a população. “Contratamos os palhaços, estamos tentando fazer com carinho, mas às vezes a população não entende, não conhece a nossa intenção”, afirmou.
O prefeito reconheceu a dificuldade de obrigar até servidores públicos a usar máscaras. “O funcionário público tem de dar exemplo, senão vão dizer 'se o setor público não segue os protocolos por que o setor privado usaria?'”, justificou.
O prefeito informou também que tem feito fotos de pessoas participando de "noitadas" em Serra Negra. “Temos uma coletânea de quase 1.000 fotografias de pessoas desrespeitando os protocolos. Vai chegar o momento que vamos ter de aplicar multas em muita gente, mas não queremos isso”, afirmou.
Outro problema enfrentado pela prefeitura são as baixas entre os profissionais da saúde, que estão pedindo afastamento, não querem ou estão com medo de trabalhar.
Além disso, os pacientes estão ficando sem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Nos últimos três fins de semana, passamos dia e noite tentando arranjar UTI, porque havia pacientes necessitando e não tínhamos”, relatou o prefeito.
Elmir disse que tentou comprar UTIs de outros hospitais, mas muitos não querem vender, solicitou ao governo do Estado instalação de kits de UTI, e colocou Serra Negra à disposição, além de outros hospitais da região, como o de Amparo, Águas de Lindóia e Socorro para instalação de leitos de UTIs destinados à Serra Negra.
“Se for preciso o Paço Municipal pode ser utilizado para UTIs, mas não tivemos resposta ainda”, lamentou. A disseminação do covid-19 na cidade, segundo o prefeito, está sendo muito mais rápida do que ocorreu desde o início da pandemia.
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Comentários
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Como muitos sugeriram, incluindo a doutora Daniela Biller, em sua live do último domingo sobre o assunto, se não houver um Lockdown de pelo menos 14 dias e rigorosa fiscalização quanto ao seu cumprimento, a cadeia de transmissão continuará crescendo. Lamentações não sensibilizam o vírus!
ResponderExcluirO vírus se propaga em progressão geométrica e, portanto, o crescimento é exponencial.
ResponderExcluirTalvez as medidas de maior fiscalização, multas e campanhas de conscientização tenham sido tardias e/ou tímidas.
O problema agora é reduzir a razão da progressão e, para isso, talvez seja necessária uma medida que muitos já sugeriram, inclusive uma profissional da área da saúde.
Ou pode-se apenas acompanhar as curvas de notificação e casos crescendo até natural diminuição da razão da progressão, estabilização e queda. Uma hora a razão da progressão diminuirá naturalmente (efeito de rebanho?). Uma hora atinge-se o pico. Alguns negacionistas defendem essa tese. Mas isso pode custar mais sofrimento, mais perdas e, até mesmo, maior estrago na economia a médio prazo.
Lendo essa matéria e a preocupação do prefeito, sinto uma mensagem subliminar avisando a população: “O gato subiu no telhado”.