//PANDEMIA// Serra Negra tem 13 casos novos e chega a 602 ocorrências



No mesmo dia em que o Brasil registrou 1.111 mortes provocadas pelo covid-19, Serra Negra viu o número de casos da doença chegar a 602 desde o início da pandemia. O boletim da prefeitura desta terça-feira, 29 de dezembro, informa a ocorrência de mais 13 casos confirmados e 28 suspeitos. Neste mês a cidade contabiliza 213 casos de covid-19, numa média de 7,3 novos pacientes por dia.

Encontram-se em tratamento domiciliar 38 pessoas que foram infectadas pelo coronavírus. Em hospitais estão sete, três das quais em UTIs.

Há ainda 157 pacientes sob suspeita de terem contraído a doença, cinco deles em isolamento hospitalar. Quatro mortes foram registradas.

As faixas etárias que concentram mais casos são de pessoas de 31 a 40 anos e de 41 a 50 anos - ambas registraram 119 casos. Em seguida vêm as faixas de 51 a 60 anos e de mais de 60 anos, com 111 casos cada. 

Ao contrário do que muitos pensam o covid-19 também tem atingido a população serrana jovem. Quinze crianças, até nove anos, foram infectadas; 43 indivíduos na faixa de 10 a 20 anos; e 84 na de 21 a 30 anos. 

As autoridades de saúde registraram, nas últimas 24 horas, 1.111 novas mortes e 58.718 novos casos de covid-19 no Brasil. A última vez que o país havia batido os mil óbitos diários foi no dia 17 deste mês e, antes disso, em 30 de setembro.

As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, com atualização até às 16h30. O balanço reúne dados levantados pelas secretarias estaduais de saúde.

Com as novas mortes acrescidas às estatísticas, o total de óbitos em função da pandemia subiu para 192.681. Ontem (28), o sistema do Ministério da Saúde marcava 191.750 óbitos. Ainda há 2.508 mortes em investigação.

A soma de casos acumulados chegou a 7.563.551 com os novos diagnósticos registrados nas últimas 24 horas. Até ontem, o painel de dados trazia 7.504.833 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Os dados do ministério apontam também 723.332 casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde e 6.647.538 pessoas que já se recuperaram da doença.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao ministério.

Vacinação

A vacinação contra a covid-19 pode começar no dia 20 de janeiro, segundo o Ministério da Saúde. Se não for possível, em um cenário “médio”, a imunização poderia ter início entre essa data e 10 de fevereiro. Em um cenário menos favorável, a vacinação no Brasil poderá ocorrer a partir de 10 de fevereiro.

A projeção foi apresentada pelo secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, em entrevista coletiva hoje (29) na sede do órgão, em Brasília. Franco destacou que o melhor cenário depende de uma conjunção de aspectos, especialmente dos laboratórios com vacinas em desenvolvimento cumprirem os requisitos de registro, seja emergencial ou definitivo.

“Isso [a vacinação no dia 20 de janeiro] vai depender de uma série de fatores, inclusive de logística, e dos laboratórios estarem em dia com o seu processo de submissão contínua e do  processo de registro com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não depende de nós, depende do laboratório cumprir com a sua parte”, disse.

Países como Estados Unidos, Reino Unido e nações da União Europeia já iniciaram planos de imunização contra a covid-19. Na América do Sul, a Argentina começou a aplicar um imunizante contra a doença em públicos prioritários.

Uma das opções cogitadas pelo Ministério da Saúde para a imunização da população brasileira é a vacina desenvolvida pela Pfizer - já autorizada nos Estados Unidos e na Europa. Mas até agora a empresa não deu entrada no pedido de autorização emergencial.

Ontem, a farmacêutica divulgou nota na qual afirmou que participou de reunião com a Anvisa no dia 14 de dezembro para “esclarecer dúvidas sobre o processo de submissão para uso emergencial” e que a solicitação não ocorreu até agora porque as “condições estabelecidas pela agência requerem análises específica para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação.”

Segundo a Pfizer, entre as condições exigidas estaria o levantamento de dados sobre aplicação da vacina em brasileiros. Em agências de outros países, acrescentou a nota da empresa, a análise não faz distinções entre populações específicas.

A Pfizer argumentou que o processo demanda apresentação do quantitativo de doses, o que só poderia ser definido após a celebração de um contrato definitivo.


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