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Fernando Pesciotta
As projeções de organismos internacionais para a economia são melhores do que há três meses, mas ainda estão bem abaixo do necessário para amenizar a massa de desempregados, elevar a renda e reduzir a desigualdade.
Enquanto isso, o que se vê por aqui é a paralisia total do ministro Paulo Guedes, que continua apostando apenas nas reformas. E, de forma hipócrita, enquanto fala em cortar custos, eleva gastos públicos com remuneração de sua equipe. O rigor serve para os outros.
Os principais executivos do Ministério da Economia têm alcançado remuneração acima do teto salarial do funcionalismo, que é R$ 39,3 mil, por meio de jetons de até R$ 14 mil, pagos por estatais que Guedes diz querer privatizar.
Segundo o FMI, a ascensão da economia será longa e difícil. A previsão para o Brasil é de queda do PIB de 5,8% neste ano, o que significa uma melhora em relação aos 9,1% apontados em julho.
Para 2021, a projeção é de avanço de 2,8%, frente aos 3,6% anteriores. Com isso, vai demorar ainda mais para o nível de atividade voltar ao que era no ano passado. Para retomar o que era em 2014, vai precisar de mais tempo ainda.
O Banco Mundial alerta para o avanço da miséria. Segundo ele, os dados sobre pobreza extrema são “muito preocupantes”.
Na avaliação do Bird, as dinâmicas da pobreza são de longo prazo: “É urgente reverter essa tendência e, para isso, é necessário que as economias voltem a crescer”.
Brasil de Bolsonaro não cansa de passar vergonha
Depois de mudar a estratégia histórica do País, de busca de autonomia e espaço político, o governo decidiu apoiar o candidato norte-americano para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Pelo menos ganhou o direito de indicar o vice-presidente. Nesta terça-feira, 13 de outubro, porém, abriu mão da indicação. Isso porque o presidente do BID, Maurício Claver-Carone, escolheu Alexandre Tombini para o cargo.
Temeroso como sempre, Paulo Guedes declinou. Ficou com medo da reação de bolsonaristas, pois Tombini foi presidente do BC no governo de Dilma Rousseff.
Outro motivo para vergonha: o governo Bolsonaro enviou agentes da Abin para a COP-25, em Madri, em dezembro. Eles monitoraram ONGs, a comitiva brasileira e delegações estrangeiras.
A COP é um evento em defesa do clima promovido e realizado anualmente pela ONU. Até que Bolsonaro chegasse ao poder, o Brasil era protagonista da COP, o que proporcionava bons acordos comerciais e atração de investimentos no País.
Agora, fazemos apenas arapongagens. Parabéns aos envolvidos.
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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com
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