//POLÍTICA// Vereadores cobram fiscalização de bares no feriado


Vereadores de Serra Negra cobraram da Vigilância Sanitária maior fiscalização de bares e restaurantes durante o feriado de Corpus Christi.

Na última sessão da Câmara Municipal, segunda-feira, 8 de junho, eles criticaram estabelecimentos que não estão cumprindo as regras de segurança e higienização para evitar a disseminação do coronavírus no município.

“No domingo, no final da tarde, estava dando uma volta na cidade e vi um bar lotado, todas as mesas lotadas e todos sem máscaras, parecia um domingo normal, passei de carro e vi a baderna”, afirmou o vereador da situação Felipe Amadeu.

A prefeitura, avaliou, está falhando, uma vez que, segundo ele, há na cidade bares lotados, sem distanciamento entre as mesas e as pessoas circulando à vontade. “Esse comportamento vai acabar propagando o vírus e ainda vão jogar a culpa nas lojas, que estão adotando medidas de higienização”, analisou.

Ele solicitou maior rigor da vigilância sanitária do município e comparou a cobrança que vem sendo feita à rede hoteleira e às lojas com o afrouxamento da fiscalização nos bares e restaurantes.

“Reitero que a vigilância faça a fiscalização, porque não é certo que a rede hoteleira e o comércio trabalhem com sua capacidade limitada enquanto o movimento nos bares é normal”, comparou.

Ricardo Fioravanti, da oposição, fez, no entanto, um apelo para que a vigilância apenas oriente sem “prejudicar” os proprietários e os clientes.

“Quem está no bar tomando uma cerveja, comendo um pastel, é porque não aguenta mais ficar dentro de casa. Não é fácil ficar 70 dias dentro de casa, com o comércio fechado, com as contas chegando normalmente, com os funcionários tendo que receber, tendo de cumprir suas obrigações, tendo que fazer tarefa junto com o filho, tendo de fazer aula online, prova, trabalho, e na hora que sai para tomar uma cerveja é para se distrair para ver os amigos, para bater um papo”, desabafou.

Em relação aos donos de bares e restaurantes, Fioravanti disse que a cidade está sendo "abençoada" e que o comerciante não via a hora de retomar suas atividades.

“Se a vigilância for fazer essa intensificação, essa vistoria, que seja a título de orientação, jamais para prejudicar o comerciante, que não via a hora de retomar suas atividades, não para guardar dinheiro em casa, mas para pagar as contas, e nós sabemos que muitos comércios não têm condições de se levantar mais”, afirmou.

A vigilância, segundo o vereador, tem de entender que o comerciante não é inimigo do poder público. “É o maior amigo, que põe dinheiro para dentro da máquina”, ressaltou.

A opinião do vereador, no entanto, destoou da maioria. 

Edson Marquezini, também da situação, fez críticas à vigilância sanitária. “Sábado e domingo, parecia que estava tendo um campeonato de futebol, tanta gente na cidade, tudo normal. A vigilância sanitária tem de fazer a parte dela e fiscalizar”, afirmou.

Para o vereador Roberto de Almeida, oposicionista, o relaxamento das normas de segurança e vigilância nos bares pode se refletir no comércio, que será responsabilizado pelo aumento de casos de covid-19 no município. “Espero que a vigilância sanitária tenha uma equipe maior por causa dos feriados”, afirmou.

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