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Carlos Motta
Geralmente contando apenas com os seus 11 vereadores, a sessão da Câmara Municipal desta segunda-feira, dia 3, teve a inusitada presença de muitos munícipes, convocados para um ato de desagravo ao vice-prefeito, Rodrigo Magaldi (DEM), que foi objeto de uma recomendação do Ministério Público para que seja exonerado de suas funções de médico da rede pública municipal.
No grupo de munícipes estava presente a companheira do vice-prefeito, Bárbara Regiani, ex-secretária de Saúde do município, que deixou o cargo também por recomendação do Ministério Público.
O vereador Ricardo Fioravanti (PDT), o Toco, autor da denúncia que motivou a ação do Ministério Público, chegou a ser hostilizado pelo grupo.
O vereador Leonel Franco Atanázio (PTdoB) fez uma defesa enfática do vice-prefeito, logo depois de o presidente da Câmara, Wagner da Silva Del Buono (DEM) pedir que os presentes observassem o regimento interno da Casa, que proíbe manifestações: "Aplaudir pode", disse.
No seu discurso em favor do vice-prefeito, Leonel Atanázio disse que Magaldi vai fazer "muita falta para a rede pública de saúde e para Serra Negra", dando a entender que o prefeito Sidney Ferraresso (DEM) acatou o pedido do Ministério Público de exonerá-lo de suas funções. Afirmou ainda que sempre vai defendê-lo como pessoa - "ele é meu amigo, meu irmão"-, mas que quem vai julgar seus atos é a Justiça e que também não caberia aos munícipes julgar o seu colega Ricardo Fioravanti.
O vereador Roberto Almeida (PTB) seguiu a linha de argumentação de Atanázio, dando exemplos de como seus familiares foram bem atendidos por Magaldi. "Mas quem julgará se ele cometeu alguma irregularidade é a Justiça", afirmou.
Nos próximos dias, Rodrigo Magaldi vai assumir, por um mês, o cargo de prefeito de Serra Negra, já que o titular Sidney Ferraresso vai entrar em férias.
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