//FERNANDO PESCIOTTA// Esquema do PL



Que o PL, legenda à qual Bolsonaro é filiado, é um partido corrupto, todo mundo sabe. A história de Valdemar Costa Neto, dono do partido, é conhecida.

Para tentar contornar sua incompetência, Bolsonaro se tornou refém do Centrão e provavelmente divide com o grupo esquemas de desvios para se manter no poder e se locupletar.

Uma das principais fontes de recursos para essa roubalheira são as emendas de relator e as emendas parlamentares.

Uma operação da Polícia Federal deflagrada no final da semana passada apura desvios de emendas por deputados do PL.

Os policiais encontraram R$ 200 mil em espécie na casa de João Batista Magalhães, lobista que foi assessor da liderança do governo no Senado.

Segundo O Globo, o lobista intermediou a captação de emendas do Ministério da Saúde desde 2019.

No celular do deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) estão diálogos nos quais Magalhães revela contatos com prefeituras do Maranhão e com o Ministério da Saúde para agilizar a liberação de emendas parlamentares.

Maranhãozinho foi flagrado com uma caixa de dinheiro. Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gildenemir (PL-MA) são suspeitos de compor a quadrilha.

Ignorando o curto tempo de Nelson Teich, nesse período o Ministério da Saúde esteve sob o comando de Henrique Mandetta, general Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga. E o esquema do PL de Bolsonaro continuou.

Com tantos atrativos, o PL passou a ter a maior bancada da Câmara, com 63 deputados, incluindo bolsonaristas raiz como Carla Zambelli, todos com faro por dinheiro.

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Fernando Pesciotta é jornalista e consultor em comunicação. Contato: fernandopaulopesciotta@gmail.com


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